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Milho deve render 15% a mais na primeira safra na região

Responsáveis por 21% de toda a produção paranaense, os municípios da região de Ponta Grossa devem registrar um aumento de 15% no rendimento do milho nesta primeira safra 2019/2020, conseguindo 10 mil quilos por hectare. A previsão foi divulgada em novembro pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab).

Apesar do crescimento de 1.267 kg por hectare na comparação com a safra 2018/2019 outras quatro regiões devem registrar um desempenho ainda melhor nesta primeira produção do grão: Pato Branco (11 mil kg/ha), Cascavel (10.350 kg/ha), Guarapuava (10.300 kg/ha) e Laranjeiras doSul (10.050 kg/ha). Conforme explica o economista do Deral Luiz Alberto Vantroba em alguns municípios próximos a Ponta Grosa devem ser alcançados resultados melhores.

“Este valor é uma média de todas as cidades da região, e como o nosso núcleo engloba locais onde o solo não é tão fértil, como Reserva, Imbaú, Telêmaco Borba e São João do Triunfo, por exemplo, o número acaba sendo puxado para baixo. Outro fator que contribui para essa queda na média é que há municípios onde predominam pequenos produtores, o que altera o nível tecnológico. Claro que Guarapuava, por exemplo, é uma região famosa pela sua tecnologia, mas os nossos municípios não são uniformes”, avalia Vantroba.

Na produção total o crescimento previsto é de 10%, passando de 604.236 toneladas em 2018/2019 para 664,4 mil nesta safra e chegando a 21% de toda a produção estadual, a maior parcela produtiva entre todas as regiões.

Apesar de também ser a detentora da maior área destinada ao cultivo de milho no Paraná, a região de Ponta Grossa deve ter uma variação negativa no total de hectares, somando 66.440 ha (4% a menos do que no ano passado). O comportamento se repete em todo o estado; 12 das 21 regiões devem ter sua área reduzida, diminuindo um total de 7% em hectares paranaenses voltados à produção de milho – em contrapartida, 7% é a média do quanto deve aumentar a produtividade do grão no estado.

Safra passada sofreu com estiagem

Conforme lembra o economista do núcleo regional do Deral Luiz Alberto Vantroba, no ano passado as lavouras dos municípios próximos a Ponta Grossa tiveram problemas com a estiagem durante o primeiro cultivo do milho. “Também tínhamos previsto um rendimento de 10 mil kg/ha, mas não foi uma média possível, apesar de cooperativas e grandes empresas terem alcançado 11, 12 mil kg/ha”, ressalta.

“Agora a área caiu um pouco por conta do custo elevado de implantação da cultura; não que os preços estejam ruins, mas entre soja e milho, por exemplo, a soja tem mais liquidez, custo de arrancada menor por usar menos fertilizantes e pelo preço da semente. Outro fator que diminui a área de plantio agora é que foi um pouco pro feijão e um pouco pra soja”, diz Vantroba, afirmando que a atual situação das lavouras é boa e a maior parte do cultivo encontra-se em desenvolvimento vegetativo.

 

 

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