Faleceu nesta quinta-feira (18) no hospital Bom Jesus, aos 80 anos, Aristides Spósito. Figura emblemática em Ponta Grossa, ele ficou conhecido principalmente por ter mantido, por vários anos, as visitações ao museu Época. Segundo divulgado pela prefeitura em sua página na internet, o espaço foi fundado em um casarão de 1880, onde viveram figuras políticas ilustras como Bonifácio Vilela e Vicente Machado. No local, Spósito recebeu, por vários anos, estudantes, turistas e curiosos que tiveram a oportunidade de conhecer peças de vestuário, móveis antigos, objetos e documentos que contam parte da história de Ponta Grossa e outras regiões.
Até pouco tempo o imóvel, localizado bem no Centro da cidade, a poucos metros da catedral Sant’Ana, ainda estava aberto a visitação. Mas a necessidade de cuidados com a saúde levou Spósito a encerrar o atendimento. Nessa trajetória, Spósito foi retratado em video-documentários que destacaram seu esforço por preservar, sozinho, parte da memória da cidade.
O museu possui em seu acervo peças que retratam a história também de várias regiões do país, como a coleção de moedas antigas e espadas utilizadas na Guerra do Paraguai, além de rádios, armas e diversos aparelhos telefônicos.
A prefeitura emitiu nota de pesar sobre a morte de Spósito. “Amante do passado e da história, Aristides não tinha nenhuma formação acadêmica, porém, se dedicou em tempo integral para manter em atividade o Museu Época, em Ponta Grossa, com um acervo riquíssimo de peças, documentos e artefatos históricos, ajudando a preservar a memória da cidade e de seus moradores”, diz o texto.
Confira o filme produzido por William Biagioli sobre o trabalho de Aristides Spósito: