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Município reduziu 38% número de óbitos em recém-nascidos

Rodrigo Covolan
Mortalidade infantil em Ponta Grossa teve redução de 38% nos últimos 10 anos

 

 

Em 10 anos, o índice de mortalidade infantil caiu 38% em Ponta Grossa. De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica e Controle de Doenças da Secretaria de Saúde, em 2002, nasceram no município 5.437 bebês contra 88 que vieram a óbito. No mesmo ano, a cada mil nascidos vivos 16,19 faleceram. Já em 2012, a cada mil morreram 10,27 bebês. No total, nasceram 5.256 crianças e 54 faleceram antes mesmo de completar um ano de vida.    

Para a enfermeira e professora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Elaine Rinaldi, a justificativa para esta queda foram as intervenções específicas no setor da saúde.

“Um exemplo disso é o aprimoramento da assistência ao parto e à gestante e a ampliação do acesso ao pré-natal. Além disso, a expansão do saneamento básico e a vacinação das crianças pelo Sistema Único de Saúde (SUS), também foram motivos para a redução da taxa de mortalidade infantil”, explica.

O índice de mortalidade infantil é apontado pelos especialistas e pelos organismos internacionais como o mais importante e seguro indicador da qualidade de vida de uma população, e também dos seus serviços de saúde.

De acordo com o secretário de Saúde, Erildo Muller, a mortalidade infantil não reduziu somente no município, mas no Brasil como um todo. “Entre os fatores que contribuem para isso estão; melhorias na distribuição de renda; captação precoce de gestante para o pré- natal; aumento do número e qualidade das consultas de pré-natal; aumento da cobertura vacinal; puericultura e outros fatores. Existem desigualdades no coeficiente de desigualdade infantil, em Ponta Grossa temos a mortalidade infantil é menor que em outras cidades do estado. A diminuição da mortalidade em Ponta Grossa está ligada aos investimentos na estrutura de atendimento hospitalar nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), nos exames diagnósticos de imagens, cirurgias de alta complexidade e demais investimentos na área da saúde”, avalia.

IDH

De acordo com informações divulgadas pelo ‘Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil 2013’, realizado pelo Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (Pnud), a mortalidade de crianças com até cinco anos de idade (por mil nascidos vivos) caiu de 36,7 em 1991 para 14,3 em 2010.

Segundo os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, a mortalidade infantil para o Brasil deverá estar abaixo de 17,9 óbitos por mil em 2015. Em 2010, as taxas de mortalidade infantil do estado e do país eram 13,1 e 16,7 por mil nascidos vivos, respectivamente.

“A redução da mortalidade infantil de crianças de cinco anos também acontece devido às políticas de prevenção à saúde e o acesso aos serviços de vacinação. A vacinação tem reflexos de longo tempo e as campanhas de vacinação foram intensificadas,  a partir, da década de 90”, aponta Erildo Muller.

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