Não é a primeira vez que escrevo sobre desfile de moda nesta coluna. Fundamental para a sobrevivência das marcas, o desfile é uma grande vitrine com diferentes panos de fundo costurando histórias emocionantes e envolventes.
Sua origem, embora incerta, remonta a Paris do século XIX quando as auxiliares de lojas e vendedoras, de forma muito natural, passaram a apresentar as roupas para seus clientes. Esse modelo contribuiu para construção de uma linguagem própria de apresentação, conforme explica Vilaseca. Os bailes aristocráticos foram outra oportunidade para a burguesia emergente brilhar e mostrar sua riqueza através da roupa. Do ponto de vista comercial, Charles Frederik Worth mudou o modo como os franceses consumiam moda, desenvolvendo a primeira coleção apresentada de forma sequencial e ordenada, seus desfiles logo se tornaram um evento disputado pela sociedade da época.
O primeiro a desenhar uma coleção concebida exclusivamente para a imprensa foi Paul Poire, intitulado "Uma Lição de Elegância no Parque", neste mesmo recorte temporal, Lady Duff Gordon participou ativamente da construção dos desfiles teatrais, organizando grandes eventos e treinando meticulosamente suas modelos. (a cena clássica da mulher andando com um livro na cabeça, lembra?) Logo no início do século XX Chanel passou a estimular a atitude de suas modelos reforçando a relação entre a roupa e a imagem de beleza projetada, desta forma, a moda passou a desenhar não apenas um evento, mas também uma nova profissão. De lá para cá, muitas tipologias de desfile emergiram, dos mais extravagantes aos estritamente comerciais.
DESFILE PARA IMPRENSA
DESFILE ESPETÁCULO
DESFILE TEATRAL
DESFILE DE PRÊT-À-PORTER
DESFILES DE PRÊT-À-PORTER DE LUXO
DESFILE FECHADO
Desfile é, portanto, uma ferramenta de marketing poderosa que independente do formato, atinge o público da marca e ajuda a fortalecer sua identidade.