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Na passarela da história: origem e trajetória dos desfiles de moda

Não é a primeira vez que escrevo sobre desfile de moda nesta coluna. Fundamental para a sobrevivência das marcas, o desfile é uma grande vitrine com diferentes panos de fundo costurando histórias emocionantes e envolventes.

Sua origem, embora incerta, remonta a Paris do século XIX quando as auxiliares de lojas e vendedoras, de forma muito natural, passaram a apresentar as roupas para seus clientes. Esse modelo contribuiu para construção de uma linguagem própria de apresentação, conforme explica Vilaseca. Os bailes aristocráticos foram outra oportunidade para a burguesia emergente brilhar e mostrar sua riqueza através da roupa. Do ponto de vista comercial, Charles Frederik Worth mudou o modo como os franceses consumiam moda, desenvolvendo a primeira coleção apresentada de forma sequencial e ordenada, seus desfiles logo se tornaram um evento disputado pela sociedade da época.

O primeiro a desenhar uma coleção concebida exclusivamente para a imprensa foi Paul Poire, intitulado "Uma Lição de Elegância no Parque", neste mesmo recorte temporal, Lady Duff Gordon participou ativamente da construção dos desfiles teatrais, organizando grandes eventos e treinando meticulosamente suas modelos. (a cena clássica da mulher andando com um livro na cabeça, lembra?) Logo no início do século XX Chanel passou a estimular a atitude de suas modelos reforçando a relação entre a roupa e a imagem de beleza projetada, desta forma, a moda passou a desenhar não apenas um evento, mas também uma nova profissão. De lá para cá, muitas tipologias de desfile emergiram, dos mais extravagantes aos estritamente comerciais.

 

DESFILE PARA IMPRENSA

São eventos pensados especialmente para críticos de moda, revistas, jornais, escritórios de tendências, youtubers e demais formadores de opinião ligados a comunicação. A primeira fila esta garantida para eles.

 

DESFILE ESPETÁCULO

Esse modelo requer investimentos milionários, traz prestígio à marca e, geralmente está ligado a artistas e celebridades. A grande repercussão midiática nem sempre garante o sucesso da coleção, mas a mídia do evento eleva acentuadamente a venda de produtos secundários, como a perfumaria por exemplo.

 

DESFILE TEATRAL

Muito comum em marcas conceituais  que lançam tendência frequentemente, como a Dior por exemplo, que escreve e coordena grandes desfiles teatrais, evocando emoções e contando histórias.

 

DESFILE DE PRÊT-À-PORTER

Ou "pronto para usar", pensado para o consumidor final, neste formato os clientes especiais ocupam a primeira fila.

 

DESFILES DE PRÊT-À-PORTER DE LUXO

Também é para o consumidor final, porém, são convidados ilustres, celebridades e artistas que apreciam a marca.

 

DESFILE FECHADO

Geralmente organizado para showroom, ou seja, a marca convida seus revendedores e franqueados para participar, escolher as peças e opinar.

 

Desfile é, portanto, uma ferramenta de marketing poderosa que independente do formato, atinge o público da marca e ajuda a fortalecer sua identidade.

 

 

 

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