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Nível do Alagados baixa e preocupa moradores

Moradores e frequentadores da região da represa de Alagados, entre Ponta Grossa e Carambeí, estão surpresos com a redução no nível da água verificado nos últimos dias. De acordo com eles, o rio baixou aproximadamente três metros. A redução na quantidade de água é tão flagrante, que revelou os restos do que foi uma floresta, antes da criação da represa, em 1940. Os tocos de árvores, antes submersos, estão agora completamente visíveis.

Roberto Pontes, morador da localidade de Catanduvas, em Carambeí, foi com a família até as margens do rio na tarde desta quarta-feira (18) para fazer um piquenique. Mas quase não encontrou o rio, já que as águas estão a vários metros do local onde, habitualmente, são presos os barcos de pescadores. "Moro há quatro anos aqui na região. Nunca vi o Alagados ficar em um nível tão baixo assim. Fiquei 60 dias sem vir pra cá, e me avisaram que, quando eu voltasse, ia me surpreender. Nem barco tá passando", comentou, diante do que é apenas um fio de água, comparado com a água que normalmente corre pelo trecho.

Para Pontes, a estiagem influencia no desabastecimento do Alagados. Mas há outros fatores que podem determinar o fenômeno. "Os anos vão passando, e a gente vê a represa com cada vez menos água. Não sei se é o consumo que está muito alto, ou se é por causa de assoreamento. Muitos plantam soja quase dentro do Alagados. Tinha que haver mais fiscalização sobre isso", comenta. Se o principal fator determinante for a estiagem, a tendência é que as águas baixem ainda mais. O Simepar prevê chuvas na região somente na próxima semana.

 

Sanepar

Em nota, a Sanepar informou que o nível da água da represa, responsável por cerca de 30% do abastecimento de água para a cidade, está baixo, mas ainda dentro do esperado para esta época do ano. Oficialmente, a redução foi de dois metros. Também informou que realiza o monitoramento constante das fontes de captação, e que tanto Alagados como Rio Pitangui, de onde é retirado o restante de água para abastecimento, não apresentam níveis de redução alarmantes. “Portanto, não há indicativo de impacto no abastecimento em virtude da estiagem”, informou a Companhia.

 

Copel

A Copel informou, também, que a geração de energia na Usina Hidrelétrica São Jorge, no rio Pitangui, foi interrompida no dia 9 de julho, devido às baixas vazões decorrentes da falta de chuvas na região. A Companhia lembra que a vazão do rio e o nível do reservatório podem ser acompanhados em tempo real no site www.copel.com/monitoramento. No entanto, o site só permite a consulta a partir do final da semana passada.

 

 

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