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Novos casos de Aids já superam 2018 em Ponta Grossa

Os novos casos de Aids registrados neste ano, até o momento, em Ponta Grossa, já são iguais aos dados obtidos no ano passado. Números repassados pela Secretaria Municipal de Saúde, através do Setor de Vigilância Epidemiológica e Controle de Doenças do Município, mostraram que, em 2018, foram registrados 26 casos de pessoas infectadas pelo vírus na cidade. Em 2019, de janeiro até agora, já são 23 casos confirmados.  

De acordo com Jean Zuber, coordenador do Serviço de Assistência Especializada (Sae) e Centro de Testagem Aconselhamento (CTA), o número tende a aumentar ainda mais neste ano. Um dos fatores está ligado à oferta dos testes rápidos nas Unidades Básicas de Saúde. "O aumento da oferta deste exame possibilitou identificarmos ainda mais casos", apontou Jean.

No entanto, a crescente também pode estar associada à falta de cuidados, que precisam estar além do uso da camisinha. "Sabemos que as pessoas não conseguem utilizar as novas formas de prevenção e focam somente no uso do preservativo, fator que aumenta o risco de contaminação", diz o coordenador do Sae.

Os novos casos registrados neste ano também preocupam, principalmente, por conta da idade dos pacientes, cada vez mais jovens. "Encontramos cada vez mais jovens, a partir dos 15 anos, vivendo com o vírus do HIV, ou seja, estão contaminados, mas não têm sintomas. Mesmo com tantas campanhas de conscientização, inclusive nas redes sociais, a falta de cuidados ainda é muito grande. Percebemos que a mentalidade dos jovens de hoje é a mesma do passado", apontou Zuber.

Sintomas

Jean explica que pessoas contaminadas com HIV não possuem sintomas. "Elas entram em contato com o vírus e convivem com ele de forma assintomática. Mas, se não houver tratamento, o quadro pode evoluir para a Aids. A doença é confirmada a partir de um exame que vai detectar a imunidade baixa do organismo", explica.

Os pacientes com Aids apresentam diversos sintomas como lesões na pele, feridas na boca, perda de peso, febre e tuberculose. "A principal causa de morte, nestes casos, é a tuberculose. Doença antiga e que já deveria ter sido extinta".

Tratamento e prevenção

A Aids não tem cura, mas tem tratamento através de medicamentos. Além do uso do preservativo, recentemente, Ponta Grossa passou a contar com a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) que consiste na utilização diária de medicamentos, inibindo a infecção e evitando que as pessoas entrem em contato com o vírus.

A PrEP é mais uma opção de prevenção contra o vírus causador da Aids, portanto, deve ser usada por pessoas que não são infectadas com o HIV, mas que buscam mais uma forma de proteção, além da camisinha. O público prioritário para receber a PrEP segue as orientações do Ministério da Saúde, sendo elegíveis os gays, homens que fazem sexo com homens (HSH); pessoas trans; trabalhadores(as) do sexo e casais soro diferentes (quando uma pessoa está infectada pelo HIV e a outra não).

Outro medicamento, disponível para toda a população, é a Profilaxia Pós-Exposição (PPE), indicado para aquelas pessoas que fizeram sexo sem proteção. Ele deve ser utilizado em até três dias após a relação e deve ser tomado por 28 dias, ajudando a evitar que o organismo seja infectado.

Teste rápido

O teste rápido pode ser realizado gratuitamente em qualquer Unidade Básica de Saúde, mediante agendamento, ou no próprio Sae, de segunda a quinta-feira, das 7 às 16 horas. O endereço é na rua Joaquim Nabuco, 59 – Uvaranas.

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