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‘O Rei Leão’ estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira

Nos 25 anos que separam O Rei Leão original da nova versão, que estreia nos cinemas brasileiros na quinta-feira (18), o mundo da animação se transformou. O Rei Leão, dirigido por Rob Minkoff e Roger Allers e lançado nos Estados Unidos em junho de 1994, foi uma das últimas animações feitas nos moldes tradicionais, com desenhos à mão. Menos de um ano e meio depois, Toy Story estreava, tornando norma a animação digital.

Desde então, a computação gráfica avançou bastante, como se vê neste O Rei Leão dirigido por Jon Favreau, que fez uma ressalva numa entrevista à imprensa, em Los Angeles: "Presta-se muita atenção à tecnologia, mas, na verdade, este longa também foi feito à mão. Os animadores trabalharam em cada quadro, cada ambiente visto no filme, a não ser por uma tomada – que eu quero que adivinhem".

Favreau, que de ator de comédias e diretor de filmes leves virou o fundador do Universo Cinematográfico Marvel com Homem de Ferro, já tinha experimentado a animação fotorrealista em Mogli – O Menino Lobo, de 2016, cuja ação se passava nas florestas indianas, mas que foi totalmente feito em Downtown, Los Angeles. A equipe de O Rei Leão também jamais pisou o solo do continente africano, a não ser numa viagem de pesquisa para estudar o comportamento dos animais e as diversas paisagens que aparecem no filme. Depois disso, tudo foi feito em Playa Vista, apelidada de Praia do Silício, a região que concentra as empresas de tecnologia em Los Angeles.

Na história, ele optou pela tradição. Muito pouco foi alterado em relação à produção de 1994, considerada um clássico. Aventureiro, um pouco arrogante, Simba é amigo e prometido de Nala e recebe lições valiosas de seu pai, como a do círculo da vida. Mas a convivência é curta: graças às armações de seu tio Scar, Mufasa morre no estouro de uma manada, Simba sente-se culpado e parte para o exílio, renunciando a seu papel de príncipe e curtindo a vida adoidado com Timão e Pumba. As famosas músicas, como Hakuna Matata, continuam, com a adição de uma inédita, composta por Elton John e Tim Rice. A maior mudança são as hienas, que eventualmente podem ser engraçadas, mas certamente são mais ameaçadoras do que no desenho original.

A ressonância com os tempos de hoje é clara – como era em 1994, fazendo eco com o fim do apartheid na África do Sul. "O filme destaca as verdades na nossa vida. Não importa quem está ouvindo ou que idade tem", disse Alfre Woodard. A tecnologia pode ter mudado muito em 25 anos, mas as mensagens de O Rei Leão continuam valendo.

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