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O saneamento se moderniza

Novos conjuntos habitacionais surgiram em Ponta Grossa, e continuam a surgir. Além de isso ser indicativo do aumento populacional – a cidade já tem mais de 351 mil habitantes, segundo o IBGE – muitos desses novos loteamentos estão em áreas afastadas do Centro, o que exige ações para garantir o acesso a serviços e a saneamento básico.

Esse movimento já obriga a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) a fazer pesados investimentos para adequar a produção de água tratada ao aumento no consumo. Segundo a  companhia, a rede de abastecimento precisou ser ampliada em cerca de 40% nos últimos 10 anos. Em alguns casos, isso significou a necessidade de estender as tubulações a regiões que antes não eram atendidas, em outros, significou ampliar o diâmetro de dutos, substituir antigos ou instalar novos reservatórios.

Diariamente, são consumidos cerca de 80 milhões de litros de água tratada. Em 10 anos, o consumo aumentou em cerca de 23%. Diante disso, foi preciso construir duas novas estações elevatórias, substituir trechos de adutoras de água do rio Pitangui, instalar equipamentos de medição e controle de vazão e mais 24 válvulas redutoras de pressão.

Nos últimos meses, as obras no setor se tornaram corriqueiras. Segundo a Sanepar, cerca de R$ 54 milhões foram investidos no município, desde 2013. Mas será preciso mais. A superintendência já anunciou que deve antecipar para 2021, a captação de água do rio Tibagi, para ampliar a produção de água tratada.

Preservação

A cidade agora tem o desafio de preservar aquilo que tem. O engenheiro agrônomo e membro do Comitê da Ba cia Hidrográfica do Tibagi, Ricardo Johansen, acredita que é preciso dar valor à represa do Alagados que, ainda hoje, é responsável por 30% da água captada para uso. “Ponta Grossa é blindada com esse manancial de excelente qualidade, que é o Alagados. Nem a empresa exploradora, nem a sociedade se deram conta desse valor. É preciso trabalhar na conservação de sua área, recompensando proprietários de áreas no entorno em troca da preservação ambiental”, opina. Para ele, isso poderia retardar o uso da Tibagi por vários anos.

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