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Oriovisto defende agilidade da reforma da Previdência

O senador paranaense pelo Podemos, Oriovisto Guimarães, prevê que a reforma da Previdência Social (PEC 6/2019) seja aprovada em breve pela Câmara dos Deputados e que até agosto ao Senado Federal para ser discutida. Defensor da reforma, o senador disse,em entrevista ao Diário dos Campos, que somente a mudança na Previdência Social irá melhorar a situação econômica do país. "O Brasil quebra sem a reforma", afirmou.

De acordo com ele, vários são os fatores que levam à necessidade de se implementar a reforma apresentada ao Congresso pelo Executivo, mas o senador destaca alguns deles. "O primeiro é uma questão matemática. Obrigatoriamente precisa-se fazer a reforma porque, como está, não dá para deixar; vai virar um caos social. Atualmente, metade do orçamento da nação vai para a Previdência", argumenta. Oriovisto explica que enquanto a reforma não for aprovada,"o Brasil não voltará a crescer". "Diante disso, temos 13 milhões de desempregados. Não existe maior injustiça que deixar as pessoas sem emprego", comenta.

Outro fator apontado pelo parlamentar é que a reforma deverá cortar privilégios que, segundo ele, "beneficiam as corporações e o funcionalismo". De acordo com o senador, hoje existe uma diferença considerável entre funcionários públicos e de empresas privadas quando se aposentam, alguns estariam "ganhando R$ 5 mil enquanto outros se aposentam com R$ 50 mil". "A reforma visa igualar o teto da Previdência", diz.

Ainda entre o rol de motivos que fazem Oriovisto defender a reforma está o envelhecimento da população. "As pessoas que trabalham, recolhem percentual paraquem está aposentado hoje. Só que a pirâmide populacional está mudando, logo, não vamos mais ter pirâmide, ou seja, vamos ter um prisma, com a mesma largura em cima e embaixo, pois as famílias estão tendo menos filhos e a população tem mais tempo de vida".

Oriovisto também rebateu argumentos sobre supostos danos que a reforma da Previdência poderia causar aos trabalhadores, entre eles o da capitalização. "Não é verdade que os idosos do Chile [país que implantou modelo semelhante ao que está sendo proposto no Brasil] vivem na miséria. Além disso, o regime de capitalização vai funcionar daqui para frente, não será tirado o direito de quem já tem e nem que as coisas vão acontecer do dia para a noite", garante.

Sobre os regimes previdenciários dos Estados, Oriovisto conta que há um impasse no Congresso em relação à competência dessa discussão. "Alguns governadores querem que a reforma seja feita pelo Congresso para evitar desgaste. Mas, de qualquer forma, todos os Estados vão ter que fazer. No Paraná a situação ainda está razoável".

 

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