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Paraná inicia plantio de trigo

O plantio da nova temporada de trigo está iniciando no Paraná ainda que em ritmo lento, segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP). O estado é o maior produtor de trigo do país, responsável por cerca de 63% de toda a produção brasileira, e a atividade deve se intensificar nesta segunda quinzena de abril no norte e oeste do estado, estendendo-se até meados de julho.

Em todo o país, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área destinada ao cereal na safra 2019/20 pode ficar em linha com a da temporada anterior, em 2,04 milhões de hectares. A estimativa do órgão é de que haja uma recuperação de produtividade de 3,8%, o que poderá resultar em uma safra de 5,63 milhões de toneladas do grão.

Porém, para a região dos Campos Gerais – quando o plantio deve se iniciar em maio – as expectativas são diferentes. Segundo o economista Luiz Alberto Vantroba, do Departamento de Economia Rural (Deral) do governo do estado, os produtores estão mais pessimistas devido aos resultados não satisfatórios do último ano.

“Em 2018 plantamos cerca de 118 mil hectares. Alguns produtores devem diminuir suas áreas porque não se saíram bem na última safra, mas ainda há tempo para decidir já que aqui, em função do clima, o plantio é feito um pouco mais tarde”, aponta Vantroba.

O economista destaca que, mesmo com a atual baixa expectativa dos produtores, as cooperativas devem manter o ritmo e a área de plantio de trigo pode chegar a cerca de 120 mil hectares. Segundo as contas do técnico, considerando o rendimento médio de 3.600 quilos por hectare, a movimentação pode beirar R$ 32,4 milhões.

“O trigo é uma cultura de risco, pois por ser uma planta sensível em casos de chuva pode haver perda de germinação no pé, por exemplo, e em qualidade da colheita. Nesses casos o preço despenca, e isso preocupa os produtores”, explica Vantroba, lembrando que 50% do cereal é importado, o que se torna uma outra opção para os compradores nessas situações.

Soja

A soja encontra-se em ritmo de final de colheita, e, segundo o Deral, registra uma média de perda de no mínimo 5% em produtividade em relação à safra anterior. A baixa atingiu principalmente os plantios precoces, conforme afirma o economista do Departamento.

“A diversidade do clima rendeu algumas complicações para quem usou as primeiras janelas de plantio, já que estes enfrentaram falta de chuva e altas temperaturas”, conta Vantroba, destacando que foram produzidas cerca de 2,069 milhões de toneladas de soja na região.

O Paraná é o maior produtor de trigo do país, responsável por cerca de 63% de toda a produção brasileira (Foto: Arquivo DC)

 

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