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Passeio da Maria Fumaça em PG: uma viagem no tempo

A promessa era de chuva, mas o cenário para o primeiro passeio de Maria Fumaça, inaugurado no último dia 30 de junho em Ponta Grossa, foi uma manhã de sábado com muito sol e temperaturas amenas. Às 10 horas, a Locomotiva 204 Mallet saía da Estação Desvio Ribas, com dezenas de passageiros rumo aos primeiros de muitos quilômetros que ainda serão percorridos através do projeto Caminhos de Ferro.

Antes do início trajeto, os turistas, convidados e membros da imprensa, que fariam parte do histórico passeio, já se impressionavam apenas com a presença da locomotiva, tanto pelo peso histórico, quanto pela ansiedade em 'viajar' de trem. Uma viagem pelos trilhos e pelo tempo. Impossível entrar nos vagões sem sentir-se parte de uma cena cuidadosamente transportada de outra época, à exceção das roupas dos viajantes, que parecem destoar do cenário.

Quem parece ter vindo junto neste túnel do tempo é o guia que acompanha o passeio, Everaldo Pilz, que interage com os passageiros durante todo o trajeto, oferecendo informações sobre os trilhos e a história do trem. Sua aparência? De um verdadeiro maquinista da década de 50.

Os primeiros minutos no trem são de euforia. Quem tem a sorte de sentar na janela não desgruda o olhar da paisagem nem por um minuto, e não é difícil ver alguém se debruçando ainda mais para fora, a fim de não perder nenhum detalhe. No começo, câmeras e celulares não param nem por um minuto. A impressão é de que os passageiros querem esgotar todas as possibilidades de registro, para dividir com os amigos, com as redes sociais e, futuramente, com a própria memória.

Depois de um tempo, os registros diminuem e a contemplação aumenta. Algumas paradas no meio do caminho, alguns ajustes, e o trajeto segue até a pista do Aeroporto Sant'Anna, onde é possível acompanhar o pouso de alguns aeroplanos.

Mais alguns minutos e a locomotiva, que havia deixado o vagão para dar a volta nos trilhos, ressurge no horizonte e, como se estivesse sendo vista pela primeira vez, arranca novos suspiros dos viajantes, rendendo mais registros.  

A viagem de volta inicia e os passageiros são orientados a mudar o mecanismo dos bancos (o encosto é trazido para trás e o passageiro passa a sentar-se de frente para onde estava de costas anteriormente). Alguns trocam de lado com outros para, desta vez, aproveitarem a paisagem de outro ângulo. O caminho é o mesmo, mas é uma nova experiência. Mais uma parada, ajustes e, em pouco tempo, a Maria Fumaça chega novamente à Estação Desvio Ribas. Os passageiros saem satisfeitos, de volta para o século XXI.

Imagens: Fábio Matavelli 

O passeio de Maria Fumaça transporta os passageiros através do tempo

 

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