A Hertz Global Holdings Inc, uma das mais conhecidas locadoras de carros, pediu proteção contra falência nos Estados Unidos na última semana. Segundo a Agência Estado, a empresa tem cerca de US$ 19 bilhões em dívidas e uma frota de aproximadamente 700 mil veículos, que tem ficado majoritariamente ociosa por conta da pandemia do novo coronavírus. No Brasil, a Localiza adquiriu em 2017 as operações da Hertz no território brasileiro passando a utilizar a marca Localiza Hertz em suas agências. São 176.670 carros disponibilizados através da plataforma no país em 402 agências – sendo duas em Ponta Grossa.
Questionada pela reportagem do Diário dos Campos sobre qual o impacto do pedido norte-americano na atuação regional, a gerência local afirmou que a empresa está se manifestando apenas em nível nacional. Em nota enviada ao DC, a assessoria de imprensa da Localiza Hertz Brasil disse que a situação da Hertz não gera qualquer impacto na operação da Localiza.
“A Localiza esclarece que não possui vínculo operacional e não há qualquer cruzamento de estrutura societária ou financeira com a Hertz – são organizações independentes. As empresas possuem governanças diferentes e atuam em mercados distintos. A Localiza comprou em 2017 as operações da Hertz no Brasil e estruturou uma parceria internacional entre as empresas, que é baseada em duas dimensões: uso da marca e troca de reservas do exterior para o Brasil e vice-versa. A Hertz Corporation, conforme anunciado, continuará realizando, normalmente, todos os seus atendimentos e operações”, disse a empresa.
Entenda
O colapso da Hertz marca um dos casos mais emblemáticos de calote por companhias dos EUA causados pelo impacto do coronavírus sobre as viagens pelas vias aérea e terrestre, embora a empresa também enfrentasse desafios anteriormente. Antes da pandemia da covid-19, a Hertz sofria com a competição de pares como a Enterprise Holdings Inc e a Avis Budget Group Inc, além de serviços como o Uber. No ano passado, também segundo a Agência Estado, a Hertz teve prejuízo de US$ 58 milhões, o quarto prejuízo anual consecutivo.