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Pedidos de seguro-desemprego caem 10% em Ponta Grossa

Além de ser uma cidade que registra mais admissões do que demissões há meses, Ponta Grossa também possui queda nos pedidos de seguro-desemprego. É o que apontam os dados repassados nesta terça-feira (4) pela Agência do Trabalhador à reportagem do jornal Diário dos Campos. Neste ano, de janeiro a maio, o benefício foi solicitado por 4.806 pessoas, o que representa uma queda de 10,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

O mês de 2019 que apresentou maior variação em relação a 2018 foi abril; apesar de ficar atrás do mês anterior na menor quantidade de pedidos – 841 em março e 856 em abril – no comparativo com abril de 2018 a queda chega a quase 29%.

Para o coordenador da Agência do Trabalhador, John Elvis Ramalho, os números demonstram que as pessoas têm se mantido em seus empregos. “Não há mais uma fuga constante como antes e as novas normas do benefício dificultam fraudes. Isso além do saldo de empregabilidade se mostrar cada vez mais positivo”, aponta ele.

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), relatório divulgado pelo Governo Federal, aponta que, apesar de no quadrimestre de 2019 terem sido realizadas mais demissões do que nos quatro primeiros meses de 2018 – 11.991 demissões em 2019 contra 10.275 em 2018 –, o número de contratações foi mais alto, chegando a 13.014 neste ano e apenas 10.817 no ano passado. Com isso, o saldo de empregos quase dobrou no período, chegando a 1.023 em 2019.

Na avaliação do coordenador da Agência, essa alta se deve à recuperação dos setores de construção civil, comércio e administração pública, que realizou diversos chamamentos de concursos nos últimos meses – segundo ele, apenas professores foram mais de 200. “A industrialização pela qual Ponta Grossa vem passando também influencia muito, já que cada emprego direto na indústria gera outros quatro indiretos”, estima Ramalho.

Intermediação

A Agência do Trabalhador, órgão ligado à Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, oferta diversos serviços à comunidade; além de ser o único local onde pode ser solicitado o seguro-desemprego, na Agência também é feita a intermediação de vagas de emprego entre empresas e candidatos.

“Hoje nós disponibilizamos 20% de todas as vagas oferecidas na cidade, sendo responsáveis por pelo menos 10% de todas as colocações”, aponta o coordenador do órgão. Apesar de neste ano, de janeiro a maio, o número de trabalhadores contratados através da intermediação ter caído 5,8% em relação ao mesmo período de 2018 e o de vagas oferecidas ter tido uma baixa de 2,5% nesses primeiros meses – totalizando quase 2,7 mil – para Ramalho as expectativas são de melhora.

“Até o final do ano temos uma previsão de aumentar o número de postos de trabalho, devendo chegar a sete mil – mil a mais do que em 2018”, conclui o coordenador do órgão.

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