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Pesquisa estima deficit de 15 mil árvores em PG

Pesquisadores da UEPG devem concluir, no próximo ano, um estudo iniciado em 2005, e que deve trazer dados mais precisos sobre uma pergunta antiga em Ponta Grossa: a cidade é suficientemente arborizada? A análise recentemente passou a contar com o uso de dados obtidos via imagem de satélite, o que deve permitir que, até meados de 2019, esteja concluída a contagem das árvores em vias públicas na área urbana da cidade. Uma estimativa aponta que a cidade tem cerca de 33 mil árvores, quando deveria ter pelo menos 48 mil.

A professora Silvia Méri Carvalho, do Departamento de Geociências e de pós graduação em Geografia da UEPG, coordena os trabalhos. Segundo ela, os dados preliminares apontam um deficit evidente de vegetação em Ponta Grossa. "Já temos os dados parciais de 12 bairros e do Centro. Os bairros mais arborizados têm em torno de três mil árvores. Se considerássemos esse como um número ideal, ainda assim teríamos bem menos árvores do que poderíamos ter", diz. Olarias e Centro aparecem com o menor número de árvores, enquanto Contorno e Chapada detém melhores índices de arborização.

Até o momento, as 13 áreas contam com 24,6 mil árvores. Na estimativa ideal, o total de Ponta Grossa deveria ser de 48 mil árvores. Como só falta computar três bairros, esse número dificilmente será atingido. A estimativa é que o número atual esteja perto das 33 mil árvores.

Diante desse cenário, a Prefeitura de Ponta Grossa tem o grande desafio de ampliar a arborização da cidade. Um levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente apontou que, ao longo dos últimos quatro anos, foram plantadas cerca de 1,7 mil árvores na cidade, além de mais de 1,5 milhões de flores e cerca de 800 arbustos.

 

Inauguração

Segundo a prefeitura, uma forma de ampliar esse trabalho é o início da utilização do novo viveiro municipal, que será inaugurado nesta sexta-feira (3), no bairro Estrela. O espaço é resultado de uma medida compensatória de uma empresa do ramo imobiliário, que investiu R$ 320 mil em uma área destinado especificamente ao cultivo de plantas para terrenos públicos urbanos da cidade. Entre as regiões que receberam novas árvores nos últimos quatro anos estão a avenida Bispo Dom Geraldo Pellanda, avenida Visconde de Taunay, avenida Visconde de Mauá, e entorno do Lago Madureira.

 

Particularidades

“Temos o desafio de vencer a questão das calçadas, garantindo a mobilidade urbana, de tal forma que possamos plantar árvores que não atrapalhem o trânsito, além de recuperar os fundos de vale”, diz o secretário de Meio Ambiente, Paulo Barros. Ele explica que a arborização sustentável da cidade inclui o uso de espécies adequadas para cada região, considerando a largura das calçadas, equipamentos de trânsito (como placas e semáforos) e o clima.

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