A reportagem do Diário dos Campos ouviu alguns especialistas para saber se já existe comprovação de pacientes que desenvolveram anticorpos da covid-19 e, com isso, não correm mais o risco de contrair a doença.
De acordo com a médica infectologista, Paula Virgínia Michelon Toledo, professora de Infectologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), ainda é muito recente afirmar quanto tempo as pessoas se tornam imunes ao novo coronavírus.
“Existem três tipos de anticorpos: o IGG, IGA e o IGM. Tanto IGA e o IGM duram cerca de duas semanas e depois vão embora. Já o IGG dura cerca de seis meses a um ano. Mas ainda é muito cedo para afirmar por quanto tempo as pessoas ficam imunes à doença, visto que o primeiro caso foi registrado na China, há cerca de seis meses”, disse.
A médica disse que há registros também de pessoas que ficaram cinco anos imunes após contrair outros tipos de coronavírus em anos anteriores. “Mas, por enquanto, não há como afirmar que tenham pessoas com imunidade duradoura, ainda”.
O DC também conversou com o médico Rodrigo Manjabosco, secretário adjunto da Fundação Municipal de Saúde (FMS), que confirmou que estudos ainda estão sendo realizados para comprovar a imunidade em pacientes que já contraíram a doença. “Sabemos de casos de profissionais de saúde que se curaram e foram contaminados novamente. Mas não sabemos se isso é uma regra para todos ou se existem algumas exceções”, apontou o médico.