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PG aumenta volume de exportações nos portos do Paraná

Mesmo com a pandemia do novo coronavírus – que iniciou na China, principal parceira comercial do Paraná – os portos do estado têm mantido sua operação e, ainda, aumentado a movimentação de cargas entre o Brasil e o exterior. Apenas Ponta Grossa registrou um crescimento de 12% nas toneladas de produtos do agronegócio que foram enviadas para fora do país. O levantamento foi repassado pela assessoria de imprensa da Portos do Paraná a pedido do Diário dos Campos.

A variação é referente à comparação do primeiro trimestre deste ano com o mesmo período de 2019. Enquanto que no ano passado 10.755 caminhões e vagões de trem originários de Ponta Grossa chegaram aos portos do estado carregados com 424,73 mil toneladas de farelo de soja, milho e soja, nos últimos três meses foram 12.325 unidades de transporte com mais de 476,63 mil toneladas de açúcar, farelo de soja e soja.

A soma de todos os produtos da soja registrou uma alta de 12,47%, enquanto que apenas o farelo do grão teve um crescimento de 15%. “A colheita ainda está se consolidando, mas estamos entrando na reta final e os preços estão muito bons. A soja convencional, por exemplo, que na venda futura era repassada por R$ 84 o saco, agora já chega a R$ 97”, conta o presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa, Gustavo Ribas Netto.

“Isso contraria um pouco o movimento de parada de produção por conta do coronavírus porque a alimentação não para. A pessoa não tá consumindo no resuatrante, mas esta comendo em casa”, exemplifica o produtor rural.

Presidente do Sindicato Rural destaca os preços positivos para a venda da soja (Foto: Arquivo DC)

 

Portos alcançam recorde histórico

Em meio à crise sanitária e econômica, o porto de Paranaguá deve alcançar um recorde histórico na movimentação de cargas mensais. A informação foi repassada ao Diário dos Campos pelo diretor jurídico da Portos do Paraná, Marcus Freitas. “Com todas as medidas que conseguimos viabilizar, o porto deve fechar o mês com a maior operação da sua história, aumentando de 20 a 25%. No decreto estadual fomos elencados como atividade essencial, e parte da carga que movimentamos mantém outros serviços especiais”, destaca Freitas.

“Vamos fechar possivelmente com mais de 5 milhões de toneladas movimentadas com a exportação de granel sólido, de soja, de carga geral e granel líquido, com diesel”, diz, afirmando que o relatório definitivo dos números de março ainda não foi fechado. Na sua avaliação preliminar, um dos fatos que pode ter motivado o crescimento da atividade é a resposta rápida de prevenção à contaminação do novo vírus.

“Criamos um ambiente favorável por conta das medidas que foram adotadas desde o início de janeiro. Tem algumas situações peculiares que algumas outras autoridades portuárias tiveram e nós não, como proibir que a tripulação dos navios descesse na faixa portuária, por exemplo. O fato de eles tomarem essa decisão fez com que muitos navios deixassem se atracar nesses portos, o que pode ter resultado numa movimentação maior em Paranaguá”, analisa Freitas, lembrando que a confirmação dos motivos só deve ser feita junto ao fechamento do balanço de março.

“35% do PIB [Produto Interno Bruto] do estado passa pelo porto de Paranaguá. Se inviabilizar a operação do porto se inviabiliza também a situação econômica do estado e até mesmo do país; mas, para isso, precisamos também garantir a saúde e segurança dos trabalhadores, sem expô-los a uma situação de risco”, destaca Freitas, lembrando das medidas de prevenção adotadas pela empresa.

Medidas de prevenção

Entre estas medidas estão a contratação de equipes médicas para triagem inicial dos trabalhadores portuários com sintomas compatíveis, instalação de estações de higienização dentro e fora da faixa portuária e instalação de lava-pés com hipoclorito, para a desinfecção dos calçados na saída dos trabalhadores.

Todas as medidas foram elencadas em uma página especial no site dos portos, que pode ser acessada por este link.

 

“35% do PIB do estado passa pelo porto de Paranaguá”, destaca Marcus Freitas (Foto: Arquivo DC)

 

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