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PG contribui em até 14% nas exportações do Paraná

Ponta Grossa participou de modo significativo no salto positivo que as exportações no setor do agronegócio obtiveram em 2017, entre complexo soja e florestal, milho, açúcar e sucroalcooleiro, a contribuição chega em até 14%. Os dados são de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX)  do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

O analista de mercado, Gilmar de Oliveira, explica que esse aumento de exportações em produtos oriundos da agricultura deve principalmente a dois fatores. Um deles é a melhoria do Porto de Paranaguá, como tarifas e filas menores, a elevação de qualidade considerável proporciona a possibilidade de realizar mais exportações. O outro é o fator que o parque industrial da cidade é extremamente forte e voltado para a agricultura. Oliveira fala que esses índices demostram a qualidade da safra de 2017, que se deve também ao clima favorável do período. “Isso impacta na economia como um todo, gera dinheiro e serviço para a população”, afirma.

“É importante para o produtor rural, em qualquer situação, a comercialização. A partir do momento em que ele consegue comercializar, aumenta renda e o lucro da propriedade rural e melhora o comércio interno e principalmente em Ponta Grossa”, descreve o Secretário Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ivonei Afonso Vieira, e frisa que com isso o produtor pode investir em melhorias no seu trabalho, como manutenção da propriedade e proteção ao meio ambiente, então ganha o produtor rural, a população e o comércio com as exportações.

Cenário nacional

No ano de 2017, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 96,01 bilhões, o que registra um crescimento de 13% em relação a 2016. Neste período, o setor foi responsável por 44,1% do total das vendas externas do Brasil. Com o crescimento do valor exportado sobre o das importações, o saldo da balança do setor foi superavitário em US$ 81,86 bilhões, sendo que o valor do ano anterior se firmou em US$ 71,31 bilhões. Foi o segundo maior saldo da balança do agronegócio da história, inferior apenas ao que foi registrado em 2013, com índice de R$ 82,91 bilhões.

Os produtos que mais contribuíram para o crescimento das exportações foram o complexo soja (+US$ 6,30 bilhões), produtos florestais (+US$ 1,30 bilhão), carnes (+US$ 1,26 bilhão); cereais, farinhas e preparações (+US$ 953,86 milhões) e o complexo sucroalcooleiro (+US$ 889,34 milhões). Esse salto comercial se deve em partes ao início da recuperação de preços no mercado internacional e principalmente ao aumento dos volumes exportados. No ranking de valor exportado, o complexo soja ocupou a primeira posição também, em que somou US$ 31,72 bilhões. As vendas de grãos foram recordes, tanto em valor (US$ 25,71 bilhões) quanto em quantidade (68,15 milhões de toneladas). O preço médio de exportação do produto registrou pequena variação positiva de +0,7%, de US$ 374,73 para US$ 377,30 por tonelada.

As informações foram expostas pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, nesta semana em uma entrevista coletiva sobre o Balanço do Agronegócio.  "Esse saldo forte demonstra importância do setor para a economia e foi importante para a manutenção das contas externas, das reservas internacionais, durante a crise econômica que o país sofreu", realça.

Em seguida destacaram-se as carnes, cujas vendas externas foram de US$ 15,47 bilhões, o que representou crescimento de 8,9% em valor. A carne de frango, principal produto do setor, representou quase metade desse montante (46,1%). Foram exportados US$ 7,14 bilhões do produto, isto é, 5,5% acima do que havia sido registrado no ano anterior.

O complexo sucroalcooleiro ocupou a terceira posição entre os segmentos do agronegócio, com US$ 12,23 bilhões, em que houve crescimento de 9,4% comparado a 2016. As exportações de produtos florestais registraram US$ 11,53 bilhões, em 2017(+US$1,3 bilhões), dos quais 55,1% foram representados pela celulose e as vendas de café somaram US$ 5,27 bilhões.

Esses cinco setores somaram US$ 76,22 bilhões, ou 79% das exportações do agronegócio em 2017. As importações de produtos agropecuários alcançaram a cifra de US$ 14,15 bilhões, em 2017, 3,9% acima do montante registado em 2016, que foi de US$ 13,63 bilhões.

Mercados

A Ásia é o principal destino das exportações brasileiras, com US$ 44,17 bilhões e crescimento de 18,1%. Soja em grãos, carne bovina e celulose foram os principais produtos. A China encerra o ano de 2017 na liderança entre os mercados do agronegócio brasileiro, expandindo sua participação de 24,5% para 27,7%. Em 2017, as exportações ao país somaram US$ 26,58 bilhões, superando em 27,6% o valor do ano anterior.

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Ponta Grossa é responsável por quase 3% das exportações de soja no Brasil (Arquivo)

 

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