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Ponta Grossa ‘corre’ para aumentar leitos de UTI para pacientes com covid-19

Ponta Grossa ‘corre’ contra o tempo para ofertar mais leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) voltados para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) com covid-19.

O alerta surgiu quando o Hospital Universitário (HU), referência em atendimento dos casos nos Campos Gerais, na noite de terça-feira (14) anunciou que todos os 20 leitos da Ala Covid estavam ocupados.

Na manhã de ontem a ocupação da UTI permanecia 100% e à noite baixou para 95% (19 pacientes). Dos 34 leitos de enfermaria, apenas 10 estavam com doentes.

Diante do alto índice de ocupação da UTI, três caminhos passaram a ser percorridos para colocar em caráter de urgência estruturas hospitalares capazes de suprir a demanda local e regional. Uma delas é a disponibilização de dois leitos específicos e isolados para a covid-19 na estrutura do Hospital Municipal Amadeu Puppi.

“Lembrando que esses são a mais do que o hospital já disponibiliza. Hoje o Amadeu Puppi conta com oito leitos de UTI, sendo que sete estão ocupados”, informou a Fundação Municipal de Saúde.

Na manhã de ontem, o prefeito Marcelo Rangel disse em seu programa de rádio que iniciativas precisaram ser tomadas.

“Nós chegamos ao nível máximo de ocupação e já acionamos as UTI’s do Hospital Municipal, que terá uma ala especial e diferente para atender os pacientes de Ponta Grossa. Quando as ocupações vão aumentando, nós precisamos trabalhar com o que temos”, destacou o prefeito.

Rangel comentou que ainda na manhã de ontem teria uma reunião com o reitor Miguel Sanches Neto, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

“Logo estarei com o reitor para que possamos acompanhar a instalação de mais 10 leitos de UTI no Hospital Universitário. Acredito que isso acontecerá em torno de 48 horas e, enquanto estes novos leitos vão sendo implantados, vamos utilizando o Bom Jesus e o Hospital Municipal como retaguarda”, disse, mas o contrato do governo estadual com o Bom Jesus ainda não foi assinado.

10 leitos no HU

Durante a pandemia o HU já dobrou o número de leitos de UTI da Ala Covid, passando de 10 para 20 e implantou mais 19 leitos de enfermaria, passando de A instalação de mais de 10 unidades seria a segunda parte dos planos para suprir as necessidades. Atualmente, a Ala Covid-19 do hospital tem 20 leitos de UTI e 34 clínicos.

Em abril deste ano, o governo do Estado autorizou um repasse de R$ 13,8 milhões para a transferência dos serviços da Unidade de Terapia Intensiva Infantil, UTI Neonatal e Serviço de Cirurgia Pediátrica de Emergência do HU para o Hospital da Criança, o que abriria espaços físicos para a instalação dos novos leitos.

A transferência ainda não ocorreu, pois houve a necessidade de adequações da estrutura que estava pronta.

Mas de acordo com o Hospital Universitário, a instalação dos 10 leitos poderá acontecer independente da transferência da Maternidade, apenas com remanejamento interno de leitos.

O hospital informou, no entanto, que a abertura de novos leitos depende de um planejamento da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) e da disponibilização de equipamentos.

Ontem à tarde, o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, lembrou que dez leitos de UTI já foram instalados e que os outros dez também serão. “Vamos ampliar para 30 leitos de UTI em Ponta Grossa, com possibilidade de chegar a 45”.

Bom Jesus

A terceira iniciativa trata-se da contratualização de 10 leitos de UTI no Hospital Bom Jesus direcionados para pacientes com covid. Essa iniciativa, de ter o hospital como retaguarda para pacientes do SUS com covid, consta do planejamento estadual e municipal, anunciado no início da pandemia, quando o Estado firmou convênios com a prefeitura e a UEPG.

O médico Marco Antônio Moutinho, diretor técnico do Bom Jesus, lembrou ontem que há cerca de três meses, o Bom Jesus se colocou à disposição para ofertar leitos para os atendimentos de pacientes do SUS com covid-19.

“Mas foi somente nesta semana, quando o Hospital Universitário mostrou que não conseguiria absorver todos os pacientes, é que houve procura do governo do Estado sinalizando interesse em realizar um convênio e assinar um contrato com o Bom Jesus para o encaminhamento dos pacientes que precisarem. Porém, nenhum documento foi assinado ainda. Claro que nós não vamos deixar de atender nenhum paciente, mas enquanto isso aguardamos para firmar um contrato para que tenhamos uma realidade dessa ação”, disse Moutinho.

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