Os dados da Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) indica que Ponta Grossa obteve um bom desempenho nos setores de lojas de departamento (23,79%), materiais de construção (9,8%) e autopeças (8,84%), inclusive são valores melhores em comparação ao estado, que possuem o valor de 12,33%, – 2,41% e -8,7% para os mesmos setores respectivamente. Entretanto, o varejo paranaense apresentou alta de 0,59% nas vendas no acumulado de janeiro a novembro do ano passado, enquanto Ponta Grossa teve redução nas vendas de -0,72%.
Se o comparativo for entre o mês de novembro de 2017 em relação a novembro de 2016, o Paraná obteve uma recuperação de 3,04%, que engloba os setores de calçados (51,03%), lojas de departamentos (43,1%) e papelarias (12,57%), sendo que em Ponta Grossa teve um crescimento de 1,23%. Por último, se analisado o mês anterior de novembro de 2017 em relação a outubro de 2017, o Paraná teve uma recuperação nas vendas do varejo na ordem de 3,85% e Ponta Grossa com 0,88%.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Ponta Grossa (Sindilojas), José Carlos Loureiro Neto, afirma que essa mudança se deve além do cenário econômico em que o Brasil se encontra, pelo fato que ano passado a população movimentou mais dinheiro e não só os pagamentos essenciais. “Houve o recebimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, que é um exemplo de dinheiro que o trabalhador não contava e com isso pode gastar em outros bens”, explica. Loureiro fala que o otimismo e bons resultados são a maior expectativa para o cenário de 2018.
Entre regiões pesquisadas, Curitiba e Região Metropolitana foi a que mais sobressaiu nas vendas acumuladas, com aumento de 1,62% na comparação com o mesmo período de 2016. A região Sudoeste também teve melhora no faturamento, com ampliação de 1,38%, seguida por Londrina (1,3%) e pela Região Oeste (1,05%). O varejo de Maringá registrou perda de 5,53% no período de janeiro a novembro.
Os setores responsáveis pelos bons resultados no Paraná foram as lojas de móveis, decorações e utilidades domésticas, com aumento de 28,72% no período de janeiro a novembro, e as concessionárias de veículos, que estão, aos poucos, retomando o ritmo de vendas e tiveram acréscimo de 4,89% no acumulado parcial de 2017. Por outro lado, os ramos do varejo com maiores dificuldades no acumulado do ano foram combustíveis com -9,64%, autopeças com -8,7% e livrarias e papelarias na quantia de -8,67%. Esses números indicam que 2017 foi um ano de recuperação do comércio, após dois anos consecutivos de queda. Em 2016 o comércio encolheu 3,08% e em 2015 houve redução de 8,79%. O faturamento em novembro do ano passado também foi 3,85% superior a outubro e 3,04% maior do que em novembro de 2016.
A Pesquisa Conjuntural da Fecomércio PR realiza uma análise mensal do varejo paranaense com base nos dados contábeis fornecidos por aproximadamente mil empresas do estado, de portes variados. Além das vendas, a pesquisa contempla compras (formação de estoques), nível de emprego e folha de pagamento. São avaliados 12 ramos de atividades do comércio varejista em sete regiões do Paraná. A próxima pesquisa da Fecomércio PR, com dados sobre o fechamento do varejo em 2017, será divulgada em 15 de fevereiro.
