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Ponta Grossa destina R$ 5,4 mi para assistência social

Dados da prefeitura de Ponta Grossa apontam que a cidade possui, aproximadamente, 36 mil famílias inscritas no CadÚnico, o sistema no qual estão incorporadas todas as pessoas que recebem algum auxílio governamental. A estatística é um indicativo de quão grande é a população em situação de vulnerabilidade social no município.

O Plano de Metas 2017-2020, que estabelece linhas de ação da prefeitura até o final do próximo ano, aponta que estão empenhados pouco mais de R$ 5,4 milhões nos serviços destinados às pessoas que mais necessitam. Para isso, um diagnóstico socioassistencial deve identificar as vulnerabilidades e riscos sociais, como forma de estabelecer prioridades.

Dentro de um ano, a prefeitura estima que duas mil novas famílias estarão incluídas nos cadastros dos Cras. Hoje elas são cerca de 51 mil atendidas pelos 10 centros. Os atendimentos individuais, que em 2017 eram 40,3 mil, devem chegam perto de 60 mil ainda este ano.

Uma das principais linhas de ação do município está em ampliar o número de oportunidades oferecidas a essas pessoas. Para isso, o programa Adolescente Aprendiz deve atender 450 pessoas em 2020, quase quatro vezes mais que o ofertado em 2017. Os cursos de qualificação profissional pelo programa Acessuas Trabalho deve atender 500 pessoas, o dobro do previsto para este ano.

 

Abordagens

Entre as preocupações da Fundação Municipal de Assistência Social também está o atendimento da população em situação de rua, como explica a diretora do Departamento de Proteção Social Especial, Thais Verillo. “A cidade possui dois órgãos públicos que atendem essa população específica, o Centro POP e Abordagem Social”, diz. O primeiro conta com assistentes sociais e psicóloga, oferece café da manhã, vale almoço, lanche da tarde, banho, máquina para lavar as roupas, guarda de pertences, passagens intermunicipais. Já o Serviço de Abordagem Social dispõe de uma equipe que realiza busca ativa nas ruas ou verificam denúncias para atender casos de violação de direitos (mendicância, trabalho infantil, moradores de rua, entre outras situações).

 

Nas ruas

Maurício Takão, 34 anos, pode não ser notado pela maioria das pessoas. Mas fixou morada em uma barraca improvisada, na esquina das ruas Comendador Miró e Benjamin Constant, fazendo divisa com o terreno do antigo Mercado Municipal. Natural de Goioerê, acabou vindo parar em Ponta Grossa, e hoje vive nas ruas. Ali ele vive de doações de vizinhos, e tenta manter a esperança em dias melhores. “Quando rezo pra Deus, eu só choro. Eu queria era um trabalho, uma oportunidade. Faço qualquer coisa, posso roçar, carpir um quintal”, diz ele, que faz parte de uma população cujo número e localização oscila, o que dificulta ações previamente planejadas.

 

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