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PG registra 44,5 mil obras em 10 anos

Mesmo com o país enfrentando uma crise política-econômica nos últimos dez anos, diversos indicadores econômicos comprovam o desenvolvimento de Ponta Grossa neste período. Uma das áreas que continuou aquecida e estável é o mercado da construção civil, que registrou 44,5 mil obras desde 2009. O número corresponde à quantidade de alvarás de construção aprovados na cidade, segundo informações do Departamento de Urbanismo da Prefeitura Municipal.

Neste período, o ano que registrou a maior quantidade de obras aprovadas foi 2010, com 7,1 mil alvarás concedidos – entre alvenaria e madeira, construções novas e ampliações, e residências, comércios, indústrias, projetos populares e “outros fins”. Já nos últimos cinco anos o destaque vai para 2017, com 4,2 mil aprovações, enquanto em 2019, apenas até março, já tinham sido concedidas 862 autorizações.

Outro fator que destaca o resultado positivo é de que, em dez anos, essa mesma quantidade de alvarás aprovou a construção de mais de 7,07 milhões de metros quadrados – número que corresponde, para se ter ideia, a 990 vezes a área do campo do estádio Germano Krüger.

O processo de verticalização urbana foi intenso nesse período: desde 2009, 313 prédios com mais de três andares tiveram suas obras aprovadas, segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Ponta Grossa. Nos últimos cinco anos o crescimento foi de 28% em relação ao mesmo período anterior.

Confiança no mercado

No cenário nacional a confiança no setor começou a cair de 2012 em diante, tendo uma leve retomada em 2017. O Índice de Confiança da Construção (ICST), estudo mensal da Fundação Getúlio Vargas, aponta em abril de 2012 um total de 127,9 pontos, que caíram continuamente, chegando a 67,2 em 2016. No ano seguinte o índice subiu para 76,5 no mesmo mês, enquanto que neste ano o ICST apontou uma confiança no aquecimento do setor de 82,5 pontos.

Minha Casa Minha Vida

Em reunião realizada no útimo mês entre a Caixa Econômica Federal e a Associação Paranaense de Construtores (APC) a gerência regional da instituição financeira apontou que em 2017 o programa Minha Casa Minha Vida possibilitou a construção de 2.541 unidades, enquanto que o ano seguinte totalizou 2.721. Considerando apenas os quatro primeiros meses de 2019 o número de contratações chegou a 670 unidades.

Na avaliação do gerente regional da construção civil da Caixa, Delcio Bevilaqua, o estoque está represado. “Há uma tendência de melhora econômica de forma geral, uma vez que existe um esforço pela adequação fiscal do país e alguns pontos essenciais estão sob controle”, disse ele na oportunidade, reforçando que crê na força da economia brasileira e, principalmente, em Ponta Grossa, “que tem resistido bem à crise”. Essa visão, para o presidente da APC, Gabriel Stallbaum, é positiva e anima os construtores.

Impacto urbanístico

Para ordenar esse crescimento, em 2016 foi sancionada a lei municipal de Estudos de Impacto de Vizinhança (EIVs), que determina que grandes empreendimentos – delimitados na legislação – produzam estudos para executar medidas que compensem e reduzam impactos nas regiões em que serão implantados. Entre eles, estão construções com mais de 5 mil m², imóveis com capacidade de lotação superior a mil pessoas, indústrias, loteamentos, condomínios e edifício com mais de cinquenta apartamentos, por exemplo.

O alvará de construção só é liberado para quem entrega o estudo ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Ponta Grossa (Iplan); entre as medidas que empreendedores já tiveram que executar estão reforma de escolas, pavimentação de ruas, recuperações ambientais, entre outros exemplos. Desde que a lei entrou em vigor 92 estudos já foram protocolados junto ao Iplan; deles, 15 são de loteamentos, 21 de prédios e 39 de condomínios.

Todos os Estudos de Impacto de Vizinhança, bem como as informações dos empreendimentos, estão disponíveis no site do Iplan. O link para acesso é https://iplan.pontagrossa.pr.gov.br/.

Fiscalização

Todo contrato para a execução de obras ou prestação de serviços referentes à Engenharia, Arquitetura e Agronomia fica sujeito à “Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)” junto ao seu conselho regional. Um levantamento divulgado pela instituição paranaense, que engloba execuções de obras civis e serviços como avaliações, perícias e projetos, aponta que no Paraná houve aumento de 6,52% na quantidade de ARTs de Engenharia Civil em 2018 na comparação com 2017, passando de 162,7 mil para 173,3 mil.

Em Ponta Grossa em ambos os últimos dois anos a média foi de 6,1 mil documentos emitidos em cada. Na avaliação do inspetor do Crea-PR e presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Ponta Grossa (AEAPG), o engenheiro civil Rafael Mansani, os números da cidade são positivos, principalmente quando consideradas as condições econômicas do país.

“A estabilidade configura que os investimentos se mantiveram na cidade. Quando as construtoras tiveram coragem de ‘ousar’ iniciamos um novo processo de crescimento e de acreditar no potencial construtivo da cidade, atendendo a uma demanda em termos de moradia, tanto para o ‘Programa Minha Casa, Minha Vida’, quanto de moradias de alto padrão”, comenta Mansani.

Feira traz novidades e ofertas do setor imobiliário

Na próxima semana, de quinta-feira (30) a domingo (2) será realizada a 16ª edição da Expoimóveis, feira já consolidada como o maior evento imobiliário da região. Com a presença mais de quarenta expositores, serão apresentados lançamentos em habitação e ofertas para quem procura investir em moradia ou lotes comerciais, com opções acessíveis para diferentes tipos de público.

No ano passado aproximadamente quinze mil pessoas participaram do evento, onde puderam conferir mais de três mil unidades. Já para esta edição estão previstas ofertas de imóveis residenciais e comerciais, além de produtos e serviços voltados a quem quer mobiliar ou equipar sua casa. O evento acontece no Centro de Convenções do Shopping Palladium e é uma realização do Jornal Diário dos Campos.

Quantidade de alvarás de construção autorizados em Ponta Grossa

2009: 2,3 mil

2010: 7,1 mil

2011: 4,2 mil

2012: 6,2 mil

2013: 4,6 mil

2014: 4,2 mil

2015: 3,8 mil

2016: 3 mil

2017: 4,2 mil

2018: 3,8 mil

2019: 862

*Até março/2019

Dados aproximados do Departamento de Urbanismo/PMPG

Quantidade de metros quadrados autorizados por alvarás em Ponta Grossa

2009: 330 mil m²

2010: 741 mil m²

2011: 680 mil m²

2012: 687 mil m²

2013: 1072 mil m²

2014: 1032 mil m²

2015: 550 mil m²

2016: 526 mil m²

2017: 477 mil m²

2018: 661 mil m²

2019: 312 mil m²

*Até março/2019

Dados aproximados do Departamento de Urbanismo/PMPG

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