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PG registra aumento de casos de afogamentos em 2017

Casos de acidentes envolvendo afogamentos em Ponta Grossa aumentaram neste ano se comparado a 2016. De acordo com dados repassados pelo 2° Grupamento do Corpo de Bombeiros, no ano passado as equipes atenderam oito ocorrências na cidade. Em duas delas as vítimas não resistiram e faleceram. Já neste ano, até o momento, o número aumentou para dez afogamentos e quatro mortes (um dos óbitos foi registrado três dias depois no hospital).

"Se analisarmos os dados do Paraná como um todo, percebemos que as vítimas dos afogamentos, em sua maioria, são jovens que têm entre 10 e 24 anos", comenta o 2° tenente do Corpo de Bombeiros, Matheus Justino Cândido.

Os meses de novembro, dezembro e janeiro são os períodos onde são registrados maior número de acidentes desta natureza. Os dias de calor intenso também servem de alerta para os principais cuidados que devem ser tomados para evitar situações trágicas. (Veja detalhes dos cuidados no quadro)

Umas das principais orientações por parte dos bombeiros é na escolha dos locais para nadar para que sejam, de preferência, rasos e em ambientes conhecidos. "Na nossa região, em especial, os locais que apresentam maiores índices de ocorrências são nos balneários, piscinas de clubes e residências, além dos lagos e cavas", aponta Cândido.

Nesta semana, um homem de 49 anos morreu vítima de afogamento no interior do tanque de um clube de Ponta Grossa. O acidente foi registrado na tarde do último domingo (10). A vítima chegou a ser socorrida por salva-vidas do local e, posteriormente, pelas equipes do Siate e Samu, mas morreu após ficar três dias internado no hospital.

A ingestão de álcool também é considerado um fator de risco para o aumento dos casos de afogamentos. "As pessoas acabam ingerindo bebidas e entram em locais impróprios, no sentido de profundidade", diz o tenente.  

Em casos de afogamentos, o Corpo de Bombeiros orienta para os cuidados que os demais devem tomar para que não ocorram novos acidentes. "Nestes casos, o aconselhável é não entrar na água para resgatar a vítima, mas alcançar um objeto longo ou flutuante para auxiliar na retirada do afogado até a chegada das equipes de socorro", orienta.

Emergências

Em casos de emergências, a população pode entrar em contato pelo Corpo de Bombeiros ou Siate pelo número 193.

Confira as dicas do Corpo de Bombeiros para evitar afogamentos

Piscinas: A orientação do Corpo de Bombeiros com relação às piscinas é manter a supervisão constante de crianças, principalmente menores de nove anos, idosos e pessoas com deficiência. Também é importante estar alerta aos ralos e sistemas de bombeamento e filtragem para evitar sucção de cabelos e membros do corpo. Outra orientação é não utilizar objetos de vidro nas imediações.

Rios: É recomendável não ingerir bebidas alcoólicas antes de entrar na água, não executar saltos em águas desconhecidas, usar colete se estiver em embarcação, e manter uma profundidade segura — na linha do abdômen. Ainda, manter a atenção com as crianças e não tentar entrar na água para salvar, mas jogar um material flutuante e fazer contato com o corpo de bombeiros.

Praia: Nadar onde houver um guarda-vidas, respeitando a placa de sinalização de perigo, que geralmente indica uma corrente de retorno. Em casos de correnteza, nadar paralelamente à praia até que a força das águas diminua — ou pedir por socorro levantando uma das mãos; os cuidados com relação às crianças e ao uso de bebidas alcoólicas permanecem.

Rios e cavas são os locais que apresentam mais riscos para afogamentos. (Foto: Fábio Matavelli)

 

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