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PG registra redução recorde em novos casos de Aids

O município de Ponta Grossa deve chegar, ao final deste ano, com uma redução significativa no número de novos casos de Aids notificados. Isso porque os dados parciais, verificados até a última semana, revelam que houve o diagnóstica da doença em 22 pacientes. Ao longo do ano anterior, o número foi três vezes maior.

Muito embora o ano ainda não tenha terminado, dificilmente os novos registros podem chegar ao número de 66 casos, identificados em 2017. Trata-se do menor número desde que a contagem começou a ser feita na cidade, em 1994. Naquele ano, foram 19 os novos casos de Aids. Embora tenha ocorrido uma queda também em escala nacional, a redução média no país ficou bem abaixo do verificado em Ponta Grossa. O Brasil teve queda de 16% na detecção de novos casos nos últimos quatro anos, conforme divulgado nesta semana.

Na notificação de novos casos de HIV (quando o vírus é detectado, mas a doença não se manifestou), cuja contagem oficial teve início em 2002 no município, a redução não foi perceptível da mesma forma. Até o momento, são 58 os novos casos, o que significa um número superior ao registrado nos quatro anos anteriores, e a possibilidade de ultrapassar o registro de 2013, quando foram 63 os casos registrados no município.

Para o coordenador do Serviço de Assistência Especializaa (SAE) e do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), Jean Zuber, a redução pode ter ocorrido em virtude da intensificação das campanhar realizadas ao longo dos últimos anos. “Teremos que aguardar os próximos anos, para saber se essa redução se mantém, ou se os números voltam a subir, aí poderemos saber o significado dessa estatística”, diz.

 

Tratamento

Para o farmacêutico responsável pela unidade da farmácia especializada, Marcelo Wisniewski, uma das explicações pode estar nos novos medicamentos fornecidos aos pacientes com o vírus. Desde setembro de 2017, o número de comprimidos para o tratamento de novos soro positivos foi reduzido para dois ao dia. Isso facilitou o tratamento, passou a gerar menos efeitos colaterais e reduzir erros na administração dos medicamentos. “Em geral, apenas duas caixas de remédios são fornecidas aos novos casos. O número de remédios muda em casos específicos, por exemplo de gestantes infectadas ou pacientes mais antigos”, explica.

 

Crianças

O tratamento e medicação correta permitem que crianças nascidas de mães infectadas possam ser totalmente isentas do vírus e, por consequência, da doença. Graças aos avanços nessa área, o município não registrou nenhum caso de criança infectada em 2018.

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