O município de Ponta Grossa será um dos oito no Paraná a receberem, a partir do próximo ano, recursos estaduais para dar apoio ao serviço de proteção a mulheres vítimas de ameaça e violência doméstica. Os repasses mensais serão feitos para a casa de acolhimento Corina Portugal, para onde são encaminhadas as vítimas a partir da solicitação de órgãos como a Delegacia da Mulher e serviços de assistências, como os Creas.
O serviço oferece abrigo temporário a essas mulheres e, se for o caso, também aos seus filhos. Elas podem permanecer no imóvel por um período, até que aumentem as condições para garantir sua segurança, como uma nova casa ou emprego. Nesse tempo, a vítima tem garantida alimentação, vestuário e moradia.
Os recursos do Governo do Estado consistem em um cofinanciamento do serviço, que totaliza R$ 350 mil ao ano para as oito cidades contempladas.
Além de Ponta Grossa, Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Irati, Londrina, Rio Negro e São José dos Pinhais também receberão os recursos, distribuídos mensalmente, com objetivo de garantir o atendimento para até 20 mulheres em cada unidade. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, o estado já fazia repasses similares para as casas conveniadas, em geral para pessoas com direitos violados e em situação de vulnerabilidade social, mas esse será o primeiro ano em que o valor terá como destino específico a proteção de mulheres.
Em risco
Em Ponta Grossa, a casa Corina Portugal realiza o serviço de proteção a mulheres e a seus filhos desde 2010. O endereço é mantido sob sigilo para dar maior segurança à população assistida. O nome Corina Portugal faz referência a uma mulher que teria sido morta pelo marido em 1889. Somente neste ano foram acolhidas mais de 100 pessoas, entre as quais estiveram 39 mulheres e seus filhos. O número é quase o dobro do registrado em 2017. Das 39 mulheres, 24 foram casos graves, com risco à vida. A casa recebe verba federal, e nessa segunda-feira (17) houve o aceite de verba estadual.