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Agricultor é preso suspeito de matar tenente-coronel da PM

[ATUALIZADA – 13h26 – terça-feira]

A Polícia Civil prendeu, na tarde de segunda-feira (12), um agricultor de 38 anos principal suspeito da morte do policial militar reformado tenente-coronel Waldir Copetti Neves. O crime ocorreu no dia 29 de outubro em frente à propriedade da vítima. Copetti foi encontrado em óbito dentro do seu veículo e, segundo a polícia, teria sido morto com 13 disparos de arma de arma de fogo, todos efetuados na cabeça.

Após um período de intensa investigação, a Polícia Civil identificou as imagens do veículo do agricultor que teria passado próximo ao local do crime. "O veículo que vimos nas imagens é dele. Inicialmente, ele negou que esteve no local dos fatos e que teria visto o coronel morto. E ainda indicou outra pessoa que teria utilizado a arma dele para efetuar este homicídio", relatou o delegado responsável pelas investigações, Jairo Luiz Duarte de Camargo.

De acordo com o delegado, o suspeito teria mudado a sua versão após a polícia mostrar imagens do seu veículo. "Em seguida ele afirmou que passou pelo local e se deparou com o coronel morto dentro do veículo. A polícia não tem dúvidas de que ele tenha participado do crime. No entanto, não descartamos a hipótese de que outras pessoas estejam envolvidas. As investigações continuam", explica.

Na casa do suspeito foi apreendida uma espingarda calibre 12 e caixas com munições. "O material foi encaminhado para a perícia que confirmou que a arma pertence ao agricultor. As roupas dele também estavam sujas com sangue e também passarão por um teste de DNA", diz Jairo.

Suspeito nega participação no crime e seguirá preso até o final das investigações. (Foto: Luana Souza)

Motivação

Segundo a Polícia Civil, o crime teria sido motivado em decorrência de uma dívida que o agricultor tinha junto ao coronel. "Eles eram muito próximos e o suspeito era arrendatário das terras do Copetti. A motivação inicial seria uma dívida. Mas não descartamos outras hipóteses que possam ter a ver com este homicídio".

Apesar de negar o crime, o agricultor segue preso de forma temporária até a conclusão das investigações. "Ele ficará preso até concluirmos as investigações, mas a prisão pode ser prorrogada ou convertida em preventiva", destaca Jairo.

Crime

Copetti Neves havia acabado de deixar sua propriedade, quando teria sido surpreendido no que foi descrito pelo comandante da PM como uma aparente tocaia.

Na época, o delegado Maurício Souza da Luz, que trabalhou ao lado da delegada Tânia Mara Sviercoski no local do crime, informou a forma como os tiros foram efetuados. "Foram seis tiros calibre 12 e pelo menos outros sete calibre 40. O levantamento preliminar mostra que todos foram disparados de fora do carro, ao lado da porta do motorista", disse.

Crime ocorreu no final do mês de outubro em frente à propriedade da vítima. (Foto: Fábio Matavelli)

Acusações

Copetti Neves tinha cerca de 63 anos. Seu nome ficou conhecido nas páginas de jornais entre 2005 e 2010, por conta da atuação no combate à invasão/ocupação de propriedades rurais por integrantes do MST. Chegou a ser acusado de coordenar as atividades de um grupo de policiais aposentados que faria a segurança ilegal em propriedades rurais na região dos Campos Gerais, respondendo mais tarde pelos crimes de formação de quadrilha, constrangimento ilegal e tráfico internacional de armas de fogo.
 

 

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