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Ponta Grossa é destaque na produção nacional de latas de alumínio

Seguindo uma sequência de visitas por todo o país, o presidente executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas), Cátilo Cândido, está em Ponta Grossa nesta semana para dialogar com a prefeitura municipal e a empresa que faz parte da associação – a Crown Embalagens.

Em entrevista ao Diário dos Campos, Cândido contou que, anualmente, mais de 2 bilhões de latas são produzidas na unidade local, que é uma das apenas duas que fazem parte da Abralatas no Sul do Brasil – a outra fica em Viamão (RS). Em todo o país são 22 fábricas associadas. “Ponta Grossa é um local estratégico logisticamente para toda a indústria brasileira, e as latas não ficam longe disso. A produção daqui abastece o mercado do Sul e Sudeste e alguns países do Mercosul. Também temos a vantagem logística de que na própria cidade ou região há alguns envasadores, o que reduz transporte e tempo de entrega, por exemplo”, destaca.

A produção em Ponta Grossa iniciou em janeiro de 2011 e desde sua implantação foram investidos mais de US$ 80 milhões na construção e melhorias da fábrica da Crown, que conta com aproximadamente 30 mil m² de área construída e gera aproximadamente 600 empregos diretos e indiretos. Segundo o presidente da associação, não há nenhuma previsão anunciada de expandir a operação, mas a possibilidade não é descartada porque “é normal que as empresas fiquem sempre de olho no mercado para pesquisar a viabilidade de novas fábricas”.

 

Bebidas

Entre as bebidas que já têm o seu envase consolidado através das latas de alumínio estão refrigerantes, chás, energéticos, sucos e, principalmente, as cervejas: de acordo com dados da Abralatas repassados pelo seu presidente executivo, 50% da cerveja consumida é a enlatada. “Entre as novas tendências estão o envase de vinho e água, que são já realidade fora do país e chegam cada vez mais ao mercado brasileiro”, adianta Cátilo Cândido.

 

Embalagem sustentável

O Brasil acaba de completar 30 anos da primeira lata de alumínio para bebidas. Nesse período, o setor investiu cerca de R$ 12 bilhões e hoje é o terceiro maior mercado mundial, atrás apenas da China e Estados Unidos. De acordo com dados da Abralatas e da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), o país também se mantém como um dos líderes mundiais na reciclagem do produto: hoje 97,3% das latas são recicladas em um ciclo de 90 dias. “Isso gera uma economia circular positiva na qual catadores, cooperativas, indústria e consumidores fecham um ciclo harmônico que não agride o meio ambiente e gera riqueza. No país, mais de trezentas mil famílias trabalham diretamente na reciclagem de latas de alumínio”, enfatiza o presidente da entidade.

“Um dos nossos grandes objetivos é lembrar que não adianta apenas a lata ser sustentável, mas também o consumidor saber que ela tem esse diferencial”, destaca Cândido, que também reuniu-se com o prefeito Marcelo Rangel e ressalta as ações do município em prol da sustentabilidade, como o programa Feira Verde, por exemplo.

 

Entenda o processo

Em Ponta Grossa é fabricado o “corpo” da lata, já com a publicidade estampada (“rótulo”), que é enviado diretamente aos envasadores – como Heineken e Ambev, por exemplo. Eles, então, inserem a bebida e lacram com a tampa, fabricada por outras unidades fabris.

 

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