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Ponta Grossa está entre menores coberturas vacinais da região

O município de Ponta Grossa apresentou, nos 11 primeiros meses deste ano, uma cobertura vacinal inferior à meta para crianças com até um ano de idade. O dado consta nas estatísticas do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações, e foram fornecidos pela assessoria de imprensa da Fundação Municipal de Saúde.

De acordo com os números oficiais do município, a taxa de vacinação de crianças dessa idade variou conforme o tipo de vacina, entre 87,10% e 98,59%. No entanto, em cinco das oito vacinas aplicadas (Febre Amarela, Meningo C, Pentavalente, Polio e Rotavírus), o número de doses foi inferior à meta. Segundo o gerente de Imunização, Thiago Bueno Silva, os números não são ruins, porque apontam para um número percentual razoável de crianças imunizadas, e o percentual não corresponde, necessariamente, a um problema na imunização..

“Normalmente, a meta é a cobertura de 90%. Mas, as estatísticas são muito variáveis. Primeiro, porque se baseiam em dados do censo do IBGE de 2010. Existe uma defasagem aí. Em segundo lugar, porque esse percentual se baseia na expectativa de nascimentos, que também varia muito”, diz Silva, lembrando que existem casos de crianças que são devidamente imunizadas poucas semanas após completarem um ano, e que não entram nessa estatística.

 

Porto Amazonas

No comparativo com os outros 11 municípios da 3ª Regional de Saúde, os números se mostram muito diferentes. Porto Amazonas se destaca, tendo obtido imunização superior a 100% na aplicação das oito vacinas destinadas a crianças com até um ano de idade. No caso da febre amarela, a imunização desse público ultrapassou 180%. Para Silva, isso é reflexo de um processo recente de informatização do sistema, que oferece percentuais, mas ainda não detalha seu significado.

 

Em viagem

A chefe de divisão de saúde do Departamento de Saúde de Porto Amazonas, Dirlei de Lima, pode ter a resposta para a alta variação nas taxas de imunização do município em relação a outras cidades. “Vemos que muitas pessoas vêm de fora do município para vacinar seus filhos. Em cidades pequenas o fluxo de pessoas na sala de vacina é menor. Muitas mães que saem em licença de maternidade, viajam para Porto Amazonas ficar com parentes e aproveitam para vacinar as crianças”, explica. Segundo ela, mesmo pessoas de Ponta Grossa e Curitiba buscam vacinação em Porto Amazonas, o que explicaria os altos índices de vacinação na cidade vizinha, cujo percentual se baseia no número de nascimentos.

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