Uma pesquisa realizada por professores e acadêmicos da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) desenvolve a contagem no número de árvores que compõem as vias públicas da cidade. A análise, que conta com apoio da Fundação Araucária, começou em 2017, e tem a perspectiva de ir até 2021. Mas, de acordo com a professora Silvia Méri Carvalho, do Departamento de Geociências e de pós-graduação em Geografia, já é possível apontar algumas constatações importantes. Por exemplo, que a cidade tem potencial de arborização duas vezes maior do que o praticado atualmente.
“O mapeamento ainda não foi feito em toda a cidade. Mas concluímos a verificação em campo de oito dos 16 bairros. Nossa estratégia foi a verificação via imagens de satélite, já que a análise em campo exigiria mais equipes”, comenta Silvia, que coordena os trabalhos. Em toda a cidade, a pesquisa já computou 28.925 árvores em 2.429 vias. Os números são aproximados, já que podem ocorrer variações na verificação em campo. Mas um trabalho simultâneo revela que Ponta Grossa carece de árvores, e precisa direcionar as estratégias para minimizar esse deficit. O levantamento já analisou Centro, Jardim Carvalho, Chapada, Estrela, Órfãs, Ronda, Nova Rússia e Olarias. A constatação, até o momento, é que esses espaços poderiam ter 64.122 árvores, mais que o dobro do atual.
Evento conjunto ocorre dia 12
Uma das estratégias para isso é o diálogo entre pesquisadores e poder público. Por essa razão, ocorre no próximo dia 12 o 1º Seminário Interinstitucional Sobre o Verde Urbano. O evento reúne pesquisadores de instituições universitárias, prefeitura (Iplan, Meio Ambiente) e Copel. A ideia é apresentar os resultados de pesquisas como a que contabiliza as árvores da cidade, para discutir formas de ampliar e melhorar os espaços verdes. O evento será no Auditório PDE da UEPF, das 8 às 18 horas, com apresentação de painéis, pesquisas e projetos.