De janeiro a maio deste ano mais de a metade (55%) dos 399 municípios do Paraná registraram mais demissões do que admissões – e, entre eles, estão as dez maiores cidades do estado. Entre elas, porém, Ponta Grossa teve o melhor resultado, de -104 vagas; a última colocada, tanto neste ranking quanto no geral, foi Curitiba, que já soma a extinção de 22.192 postos de trabalho em 2020.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta semana pelo Governo Federal, que calcula o saldo de empregos proveniente da subtração das demissões das admissões feitas em cada cidade do país e considera apenas as vagas formais, com carteira assinada.
Os resultados apontam que as cidades mais populosas foram as que mais sofreram os impactos da pandemia no mercado de trabalho. Considerando o ranking do saldo dos cinco primeiros meses de 2020, Ponta Grossa ocupa a 342ª posição do estado, Cascavel a 343ª, Colombo a 376ª, Paranaguá a 384ª e Guarapuava a 392ª. As cinco últimas colocações entre os 399 municípios do Paraná são ocupadas por Maringá (395ª), São José dos Pinhais (396ª), Londrina (397ª), Foz do Inguaçu (398ª) e Curitiba (399ª).
No topo da lista das maiores geradoras de emprego estão, em ordem, Matelândia (+1.450 empregos, 17,9 mil habitantes), Toledo (+1.366 empregos, 140,6 mil habitantes), Ortigueira (+1.053 empregos, 22,1 mil habitantes), Rio Negro (+927 empregos, 34,1 mil habitantes) e Paraíso do Norte (+872 empregos, 13,8 mil habitantes).
Maio
Considerando apenas o mês de maio Ponta Grossa ocupa a segunda posição entre as dez maiores do estado, com saldo de -234 empregos, atrás de Paranaguá, que soma +40 vagas, mas ainda fica à frente no ranking das cinco cidades mais populosas, seguida de Cascavel (-412), Maringá (-1.609), Londrina (-1.708) e Curitiba (-8.088).
Em todo o estado pouco mais de um quarto de todos os municípios tiveram mais admissões do que desligamentos em maio. Os melhores resultados foram os de Matelândia (+148), Rio Negro (+129), Ubiratã (+104), Palotina (+102) e Cafelândia (+99).
Resultado estadual
O Paraná soma, nos cinco primeiros meses desse ano, a perda de 47.696 empregos formais, provenientes das 464.991 contratações versus as 512.687 demissões. A atividade econômica com o pior resultado é o comércio, com saldo de -25.224 empregos – reflexo das medidas que restringiram o funcionamento do setor em diversos municípios do estado como tentativa de combate à contaminação do novo coronavírus.
O segundo pior desempenho é percebido no setor de serviços, com -22.222 vagas e o terceiro na indústria, que desligou 8.526 funcionários a mais do que admitiu. As atividades que acumulam a criação de novos postos de trabalho são a agropecuária, com +2.670 vagas, e a construção civil, com +5.606.