em

“Precisamos de moralização e renovação”, afirma Aline Sleutjes

Eleita para o primeiro mandato de deputada federal nas eleições do último domingo (7), Aline Sleutjes (PSL) torna-se a primeira representante de Castro e a primeira mulher da região a eleger-se para a Câmara Federal. 
Formada em educação física e pós-graduada em gestão escolar, Aline iniciou sua trajetória política em 2000 quando candidatou-se para vereadora, não obtendo êxito. Em 2004 foi eleita para o primeiro mandato no legislativo castrense. “Na eleição seguinte, sai candidata a vice-prefeita. Depois, concorri a vereadora novamente, sendo a mais votada. Na eleição seguinte concorri a deputada estadual, pelo PSDC. Fui a mais votada do partido e coligação, mas não consegui assumir cadeira na Assembleia porque o partido não fez legenda”, explica. E, em 2016 disputou a eleição para prefeita, quando obteve quase dez mil votos, ficando na terceira colocação. 
Aline já foi filiada ao PSDB, DEM e PSDC. Mas, é pelo Partido Social Liberal (PSL), cujo principal nome é o candidato a presidente da República, Jair Bolsonaro, que ela teve êxito na eleição a deputada federal, com 33.628 votos. 
Ao Diário dos Campos, ela fala sobre as principais propostas que deve defender no Congresso e o trabalho do partido para tentar eleger Bolsonaro, que disputa o segundo turno com Fernando Haddad (PT). Confira trechos da entrevista.

Filiação ao PSL e disputa da vaga 
“Trabalhava na Assembleia Legislativa do Paraná como chefe de gabinete no deputado Ricardo Arruda (PSL). Então recebi o convite para me filiar ao PSL e concorrer às eleições. Percebemos uma possibilidade real de eleição como deputada porque havia entre 30 e 40 municípios sem representatividade. Mas, o que me fez ir para o PSL e ser candidata foi a possibilidade de eleger Bolsonaro a presidente, porque já era simpatizante e o apoiava mesmo sem estar filiada ou pensar em ser candidata. Me candidatei também por conta do momento político do Brasil, em que precisamos de moralização e renovação”. 

Principais projetos 
“Primeiramente vamos defender a pauta do PSL. Temos um plano de governo importantíssimo para o momento do Brasil; temos muita legislação que terá de ser melhorada e modificada, algumas inclusive, precisam ser extintas. Além de todo o projeto do PSL, tenho algumas pautas específicas pelas quais vou trabalhar amplamente, que é o caso do agronegócio e cooperativismo. Sou uma das indicadas da Ocepar e vou defender este setor. E, por ser professora, também atuarei em defesa da educação. Sou contra ideologia de gênero nas escolas e, junto com o PSL não vamos admitir que as escolas continuem com este trabalho. Outra coisa é a questão de doutrinação partidária: queremos as escolas livres do que tem sido feito ao longo dos últimos 20 anos, favorecendo sempre posicionamentos de esquerda.
Também queremos o melhoramento do currículo educacional, vou discutir as novas propostas do MEC para o ensino médio, a valorização dos professores, melhoramento da infraestrutura escolar. Tem muita escola precisando de melhoria na região dos Campos Gerais e vou lutar para isso”.  

Reformas que estão em pauta 
“As reformas tributária e da previdência são necessárias, assim como a reforma política, que é urgente. A pauta do PSL é muito precisa, vamos ter que fazer mudanças radicais e por isso a importância de termos uma bancada fortalecida, de um grupo político novo, sem amarras e sem obrigações políticas. Este modelo da reforma da previdência precisa ser repensado. Além disso, a reforma mais necessária hoje no nosso país, é a reforma moral, fazer com que população reconheça que ainda existe pessoas sérias e honestas na política”. 

Destinação de recursos 
“Eu trabalhei em 44 municípios durante a campanha e tenho um compromisso com a região, especialmente com os municípios que não têm representatividade. Claro que terei o olhar especial com o meu município, que é Castro, visto que nunca foi eleito nenhum deputado federal na cidade. Umas das principais demandas é o asfalto entre os distritos do Abapan e Socavão. É uma comunidade grande e que sofre por conta da estrada não ser asfaltada. Quero viabilizar via ministérios para que a gente possa atender a demanda. 
Vamos ter que vasculhar em cada ministério as possibilidades de programas e projetos que já existem para viabilizar as ações, porque as maiores dificuldades dos municípios menores é a execução de projeto para se qualificar a receber os investimentos”. 

Relacionamento com executivo castrense 
“Nos mandatos como vereadora fui oposição, mas sempre fui oposição inteligente que fez a função correta de fiscalizar, de denunciar, e de cobrar boa gestão para o município. Meu grupo político não é base do prefeito atual [Moacyr Elias Fadel Junior] nem do ex-prefeito [Reinaldo Cardoso], mas uma terceira via da política castrense. Eleita deputada, meu posicionamento indefere, pois estarei trabalhando por Castro. Fui eleita pelo povo castrense e da região porque o povo quis mudança e acreditou em meu nome. Sou muito coerente no meu posicionamento político e, independente de sigla partidária, trarei o que há de melhor para os municípios do Campos Gerais”. 

Segundo turno das eleições presidenciais 
“Estamos começando a organizar a campanha do Bolsonaro no segundo turno. Sou responsável pelo trabalho nos Campos Gerais e estarei levando o seu nome com mais evidência. Teremos reunião com cúpula PSL para definir estratégias, planejamento e de que forma será adotado o trabalho no segundo turno, que tem período menor de campanha”. 
 

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.