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Preços em Ceasas variam até 88,66%

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) publicou nesta semana mais uma edição do seu boletim hortifrutigranjeiro mensal, que faz uma análise sobre a comercialização exercida nos entrepostos públicos de hortigranjeiros, que representam um dos principais canais de escoamento de produtos in natura do país.

Neste mês, dentre as hortaliças, destacam-se as reduções na média de preços do chuchu (50%), berinjela (16%), quiabo (16%), couve-flor (12%) e vagem (8%). Em relação às frutas, importantes quedas de preços foram registradas para o caqui (48%), tangerina (27%), maracujá (14%) e acerola (13%).

Porém, as hortaliças, de maneira geral, apresentaram alta de preços na maioria dos mercados. O tomate é um dos destaques, já na primeira quinzena de abril o produto registrou o maior preço praticado desde o início da série histórica, cujos preços variaram de 14,90% a 88,66%.

 “A performance dos preços elevados em março é consequência direta das menores quantidades ofertadas do fruto aos mercados, uma vez que as condições climáticas não favoreceram o desenvolvimento nas lavouras”, explica a gerente de Modernização do Mercado Hortigranjeiro da Conab, Joyce Rocha Fraga. “Aliado a isso, os preços pouco atrativos em 2018 fizeram com que os produtores diminuíssem a área plantada, o que significou também menos tomate entrando no mercado”.

De acordo com o documento, outra hortaliça de destaque foi a batata. Mas, apesar da ascensão de preços desde outubro de 2018, esse movimento de alta tem perdido força. Em março, pode-se dizer que estes incrementos foram menores que no mês anterior, porém continuam em patamares elevados: a alta foi de até 30,14%. “Mesmo assim, a hortaliça ainda tem pesado na hora da compra para o consumidor, e essa tendência deve se manter até o final deste mês”, pondera Fraga.

Esse comportamento de alta foi registrado em todos os produtos comercializados no atacado. Em relação às frutas, a menor oferta de banana, laranja e mamão também influenciaram na alta dos preços. Apenas maçã e melancia tiveram desempenho contrário, com queda nas Ceasas pesquisadas.

Entre os motivos ressaltados para a alta da laranja está o fato da indústria de suco de laranja ter diminuído a moagem no mês, favorecendo a menor pressão sobre a oferta.

Metodologia

O levantamento dos dados estatísticos que possibilitaram a análise deste mês foi realizado em Centrais de Abastecimento (Ceasas) localizadas em oito estados, incluindo a de Curitiba. O material pertence ao Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), e sua base de dados recebe informações de 117 variedades de frutas e 123 diferentes hortaliças, de todas as diferentes regiões do Brasil.

Porém, confirme explica o documento, no Boletim é feita uma análise pormenorizada das cinco principais frutas e das cinco principais hortaliças que se destacaram na comercialização dos mercados, levando em consideração também seus os respectivos pesos no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA/IBGE. Nesta edição os produtos contemplados foram alface, batata, cebola, cenoura e tomate e banana, laranja, maçã, mamão e melancia.

“O estudo do segmento atacadista de comercialização de produtos in natura é de suma importância para entendimento desse setor da agricultura nacional. Todos os anos, milhares de agricultores, em sua maioria de pequeno porte ou em sistema familiar de produção, acessam as Ceasas do país. Por meio dessas plataformas logísticas de comercialização de frutas e hortaliças é que grande parte do abastecimento se concretiza”, aponta o boletim.

Na primeira quinzena de abril tomate registrou o maior preço praticado desde o início da análise (Foto: Divulgação)

 

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