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Problemas estruturais prejudicam trabalho dos bombeiros em PG

Uma situação precária tem sido enfrentada pelo Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa (2° Grupamento). Problemas com viaturas do Siate e veículos pesados de combate incêndio têm dificultado o trabalho das equipes, que se desdobram para atender ocorrências simultâneas tanto em Ponta Grossa e em demais municípios da região dos Campos Gerais. Além dos profissionais, a situação atinge também a população, que torna-se dependente destes serviços em casos de emergência.

De acordo com a oficial de Comunicação Social do 2° GB, tenente Keyla Karas, apenas um caminhão ABTR, utilizado no combate incêndio e outras emergências, está operando na cidade.

Outros veículos, que também estavam à disposição das equipes, estão parados aguardando por manutenção. Uma ordem de serviço teria aberta no dia 12 de setembro pelo governo do Estado para agilizar o conserto dos caminhões, situação que ainda não ocorreu, até o momento.

"Ainda neste semana, estávamos em deslocamento para resgatar uma vítima de encarceramento, próximo ao distrito de Guaragi. Porém, aconteceu um incêndio no mesmo momento em Ponta Grossa. Então tivemos que cancelar a ida ao distrito e enviar até o acidente uma viatura de busca e salvamento para fazer o resgate da vítima", relatou a tenente.

As viaturas do Corpo de Bombeiros atuam em Ponta Grossa, mas também no município de Ipiranga. "O ideal seria que tivéssemos mais dois caminhões para fazer toda a cobertura necessária. Um dos veículos está parado aguardando por manutenção desde o mês de maio. Nós ainda contamos com o apoio de um caminhão Scania, que armazena 20 mil litros de água. O problema é que esta carreta não consegue acessar ruas estreitas, por exemplo", apontou a oficial.

Apenas um caminhão ABTR está à disposição da população. (Foto: Fábio Matavelli)

Importância

Somente neste ano, o Corpo de Bombeiros precisou deslocar a ABTR para 764 ocorrências em Ponta Grossa e Ipiranga. O caminhão foi utilizado em diversas naturezas como combate a incêndios, resgate de vítimas presas, salvamento em altura, resgate de animais, entre outras.

"Como Oficial de Comunicação Social sou porta-voz e falo em nome da Instituição. Desta forma, reitero que a operacionalização de todos os postos com as viaturas de combate a incêndios e resgates é fundamental para a redução do tempo resposta às emergências, cobertura de todas as áreas da cidade e melhoria dos serviços prestados à população", concluiu Keyla.

Secretaria de Segurança

Em nota encaminhada ao DC, a Secretaria Estadual de Segurança Pública informou que a frota dos veículos do Corpo de Bombeiros é complexa, composta majoritariamente por veículos pesados – caminhões e ambulâncias – em que o tempo de reparo normalmente é maior.

De acordo com a nota, não existe oficina especializada para consertar caminhões do Corpo de Bombeiros que têm bomba de incêndio e, dependendo do problema, não há oficina especializada no Paraná, e em alguns casos, os veículos são reparados no Rio Grande do Sul aumentando o tempo para o conserto.

"Devido a constatação de alguns atrasos pontuais no reparo de veículos, como no caso do Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa (2° Grupamento), a empresa responsável pela manutenção da frota foi convocada para uma reunião na Secretaria de Estado de Administração e Previdência, na última terça-feira (18), e os representantes da empresa se comprometeram a regularizar os serviços em um prazo de dez dias", reiterou a pasta.

 

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