em

Produção de feijão é 10 mil/t maior que a passada

Quem apostou no feijão está colhendo e bem! A segunda safra (2016/17) rendeu 10 mil toneladas a mais que a 2015/16, quando os produtores colheram em torno de 94.572 toneladas. Agora são 104.187 toneladas, com uma produtividade média de 2.085 quilos por hectare.

A primeira safra já havia sido superior, com colheita de 91.718 toneladas contra 75.064 toneladas (2015/16), com rentabilidade média de 1.916 quilos por hectare.

O produtor, Lourenço Zapotoczny, plantou feijão apenas de primeira safra. “Sempre tem o problema de geada em maio e geralmente acontece de perder com a segunda safra”, conta. Ele conta que colheu uma média de 137 sacas por alqueire. “Este ano foi uma das melhores produtividades”, comemora. Lourenço conseguiu vender a saca por R$ 110. “Foi muito bom o preço”, diz.

Mas se ambas as safras foram maiores, o que explica o elevado preço aos consumidores? Segundo o economista do Departamento de Economia Rural (Deral) do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Luís Alberto Vantroba, três argumentos têm sido utilizado. “A chuva que atrapalha a colheita, só o Paraná está colhendo nesta época, então todos os compradores se concentram aqui, e a geada no Sudoeste em abril, principal região produtora no Estado”, explica.

Quanto ao mercado, para ele, neste momento o que existe é especulação. “Uns dizem que vai se sustentar, outros que vai cair”, observa. Ele lembra que o preço de balcão do feijão carioca chegou a R$ 270 a saca de 60 quilos. Em janeiro, na última safra até então, se comercializou a R$ 140. “Depois o preço foi subindo”, relata. O preto que estava em R$ 110 agora chega a R$ 140 a saca.

Esta safra “surpreendeu, quase ninguém acreditava muito. A nossa área diminuiu um pouco, mas no Paraná aumentou”, afirma.

No Estado a primeira safra foi 24% maior que no ano passado, com uma colheita de 364.687 toneladas. Já a segunda teve um aumento de 18% na área plantada, passando de 204.037 hectares para 241.079 hectares, o que deverá resultar em mais de 445 mil toneladas, volume 50% maior que a anterior.

Para o economista do Deral, Methódio Groxco, apesar da queda nos preços para os produtores, os valores ainda estão acima do mínimo do grão. Ele lembra que o Paraná é o único fornecedor nacional de feijão de cor, o que ajudou a manter os preços nos últimos 15 dias. Com o início da colheita em São Paulo e Minas Gerais os valores deverão cair.

 

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.