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Produtividade do trigo deve encolher entre 5% e 20%

Os produtores de trigo dos Campos Gerais deverão colher um volume menor do que projetado no período do plantio. A estiagem afetou o perfilhamento. “Em termos gerais o trigo não está bom; não choveu praticamente em julho, só no final uns 12 milímetros e em agosto houve menos frentes frias e a chuva mais volumosa foi a do último dia 24, com cerca de 30 milímetros, o que amenizou a situação”, explica o economista do Departamento de Economia Rural (Deral) do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Luis Alberto Vantroba.

Segundo ele, “em função da falta de umidade o trigo não cresceu a contento, ficando abaixo do desenvolvimento normal, além da redução de perfilhos o que reduz o número de espigas”, diz.

Conforme Vantroba, mesmo que volte a chover, dependendo da fase em que a planta se encontra, o prejuízo será irreversível. “De modo geral já está dando de 5% a 10% de perda da produtividade estimada e consequentemente da produção, mas tem empresas já falando em 20%”, alerta.

Na safra de 2017, a colheita foi menor também devido a problemas climáticos. “Como cultura de inverno, o trigo sofre riscos maiores com geada e estiagem mesmo sendo uma planta de consumo de água menor”, comenta.

Vantroba conta ainda que em algumas áreas apareceram doenças e pragas. “Tem uma área em Tibagi com percevejo marrom em função da falta de chuva; tem algumas pragas que se sobressaem”, observa. “Continua a necessidade de mais chuvas e não só para a cultura de trigo, mas para as de verão que começarão a ser plantadas e também para a recomposição dos rios, riachos e córregos”, fala.

O produtor Tiago Fonseca plantou trigo em Tibagi. Ele calcula que foram 50 dias sem chuva naquela região o que implicará em problemas futuros. “A nossa esperança é que daqui para frente normalize”, diz. Ele calcula uma produtividade cerca de 20% em determinadas áreas.

Estimativa

A estimativa inicial do Deral apontava para 116,27 mil hectares cultivados, queda em relação à safra passada quando a cultura ocupou, regionalmente, 126 mil hectares. A previsão inicial de produção era de 406,94 mil toneladas, 12% a mais que as 392,11 mil toneladas colhidas no ano passado. O rendimento inicial estava estimado em 3.500 quilos por hectare, também maior que os 3.112 quilos por hectare obtidos na última safra.

 

 

 

 

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