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Produtores estão atentos ao desenvolvimento do trigo na região

A estiagem dos últimos dias e as altas temperaturas (atípicas para a época) deixaram os produtores de trigo da região em alerta. “Algumas áreas, com relevo mais ondulado, já sentiram um pouco a falta de umidade do solo, porém ainda não tão grave”, explica o economista do Departamento de Economia Rural (Deral) do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) de Ponta Grossa, Luis Alberto Vantroba.

Segundo ele, como os dias no inverno são mais curtos e até a segunda semana de julho as temperaturas estavam mais baixas, a evaporação da água do solo ocorreu de forma mais lenta, mesmo não tendo havido chuvas nos últimos 15 dias. “A temperatura mudou muito desde o dia 15 de julho, chegando a 25°C, o que acelerou a evaporação e com certeza aumentou a deficiência de água, o que pode fazer com que a cultura sinta um pouco mais”, observa.

Por outro lado, Vantroba observa que como a planta está em desenvolvimento, passando do estágio inicial, a chuva prevista para o momento trará a recuperação em campo.

Os produtores estão atentos também ao possível aparecimento de doenças, como o Oídio. “A incidência é baixa”, avalia ao destacar que os produtores têm feito o manejo adequado.

Área

Na região, 100% da área de trigo está plantada. O plantio começou ainda em maio. A estimativa inicial do Deral aponta para 116,27 mil hectares cultivados, queda em relação à safra passada quando a cultura ocupou, regionalmente, 126 mil hectares. A redução, conforme Vantroba, é “em função dos maus resultados das últimas safras; agora melhorou o preço, mas já está tudo plantado”, observa.

Apesar da área menor, a produção deverá chegar a 406,94 mil toneladas, 12% a mais que as 392,11 mil toneladas colhidas no ano passado. O rendimento inicial está estimado em 3.500 quilos por hectare, também maior que os 3.112 quilos por hectare obtidos na última safra.

Estado

No Paraná, a área prevista para o trigo é de 1,04 milhão de hectares. Por enquanto a estimativa de produção permanece em 3,3 milhões de toneladas, volume 48% acima do que foi colhido no ano passado que atingiu volume de 2,2 milhões de toneladas.

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