Os professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) deliberaram em assembleia geral nesta quarta-feira (14), e decidiram por suspender a greve, mantendo, porém, o estado de greve. O retorno das aulas ocorre na segunda-feira (19). O Sinduepg (Sindicato dos Docentes da UEPG) avalia que o movimento grevista, que durou 48 dias, obteve resultados consideráveis na pauta de reivindicações, embora ainda sejam necessários avanços.
“Precisamos saber o momento de suspender o movimento para que tenha forças para os engajamentos que virão”, defende o presidente do Sinduepg, Marcelo Ubiali Ferracioli. A manutenção do estado de greve, que representa um aviso para uma possível nova paralisação, conforme o presidente, é um indicativo desse posicionamento.
As reivindicações específicas às Universidades Estaduais do Paraná nesta greve foram o arquivamento da Lei Geral das Universidades (LGU); arquivamento do Projeto de Lei Complementar (PLC) 04/2019, que congela carreiras por 20 anos; reajuste salarial de perdas inflacionárias de 17,04%; e nomeação de aprovados em concursos e realização de novos concursos.
Uma das principais conquistas do movimento foi a retirada de pauta da Alep do PLC 04/2019.
Avanço
“No que se refere à data-base, reivindicamos 17,04% e a proposta que circula na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) é de 2% em janeiro de 2020, 1,5% em 2021 e 1,5% em 2022. Em comparação a posicionamentos anteriores, é um pequeno avanço. O governador tinha deixado claro que não falaria de data-base esse ano e não negociaria com grevistas”, diz Ferracioli.
Nomeações
“Quanto às nomeações e novos concursos, temos um compromisso do Governo de aproximadamente 300 professores em todas as Universidades Estaduais de serem nomeados, inclusive os que tiveram o tempo de concurso expirado, ainda este ano. Os novos concursos estão condicionados à existência de uma LGU”, detalha Ferracioli.