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Profissionais do HU são capacitados sobre o coronavírus

Matéria atualizada em 12/02/2020 – 15:24

As equipes do quadro de profissionais do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HURCG) estão passando por uma capacitação para atender os possíveis casos suspeitos de coronavírus. Os treinamentos envolvem medidas preventivas tanto para os profissionais quanto para os pacientes. 

De acordo com a enfermeira Eveline Wille Bayer, responsável pelo Controle de Infecção Hospitalar do HU, o foco acontece no Pronto Atendimento; na Unidade de Terapia Intensiva (UTI); além de capacitações no auditório do hospital. 

"O Pronto Atendimento e a UTI são portas de entrada que podem apresentar as suspeitas do coronavírus, por isso, o foco da capacitação nestes dois locais. Mas as outras capacitações também são abertas para todos os profissionais do hospital", explica.  

A enfermeira comenta ainda que a capacitação dos profissionais já seria realizada mesmo antes do caso suspeito da doença surgir em Ponta Grossa. "Começamos a receber os informes da Secretaria de Estado de Saúde e do Ministério da Saúde e verificamos a importância de orientar as equipes sobre como proceder e atender os pacientes da melhor maneira", destacou Eveline. 

Entre as orientações repassadas aos profissionais, a capacitação inclui medidas que devem ser adotadas em casos de pacientes suspeitos de coronavírus como fluxo dentro do hospital; medidas de prevenção; equipamentos de proteção e orientações que deverão ser repassadas para toda a comunidade. 

Controle

Na manhã de terça-feira, o Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen) encaminhou para a Fiocruz, no Rio de Janeiro, as amostras de material coletado de caso suspeito do novo coronavírus de Ponta Grossa. O caso foi notificado ao Centro de Operações em Emergências (COE) do Paraná e os exames preliminares feitos pelo Lacen não apresentaram resultados para outros vírus respiratórios, como a Influenza, por exemplo.

A notificação é de um menino de 7 anos que esteve no sul da China, em Taishan, e que retornou ao Brasil no dia 30 de janeiro com familiares. No dia 6 de fevereiro, o garoto passou por avaliação médica e diagnosticado com sintomas leves de síndrome respiratória, tosse e febre. A família não apresenta sintomas e todos estão sendo acompanhados em domicílio pela Vigilância Estadual e Vigilância municipal.

Segundo o Estado, todas as medidas indicadas pelo Ministério da Saúde foram adotadas e o caso segue sendo monitorado pela Secretaria da Saúde do Paraná, por meio do COE e 3ª Regional de Saúde de Ponta Grossa, e Secretaria da Saúde de Ponta Grossa.

Rede 

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, afirma que o Paraná está em alerta para possíveis casos do novo coronavírus. “Neste momento não temos casos da doença, mas nosso dever é de estar com estratégias e estruturas preparadas para um eventual atendimento. A rede estadual do Paraná conta com 60 hospitais para urgência e emergência”, afirma o secretário.

Desta rede, oito hospitais estão confirmados como estratégicos para o atendimento de possíveis casos. São eles: Complexo Hospitalar do Trabalhador, em Curitiba; Hospital Universitário do Oeste do Paraná e Hospital de Ensino São Lucas, em Cascavel; Hospital Universitário da Região Norte do Paraná, em Londrina; Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá; Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais, em Ponta Grossa; Hospital Municipal de Foz do Iguaçu Padre Germano Lauck e Hospital Regional de Maringá.

Sintomas
 
São considerados suspeitos e devem procurar as unidades de saúde pessoas com sintomatologia respiratória, incluindo febre, tosse e dificuldade para respirar, e que apresentam histórico de viagens para áreas de transmissão local (China) nos últimos 14 dias ou ter tido contato próximo com pessoas e casos suspeitos ou confirmados da doença.

Prevenção

O COES alerta para as informações de prevenção que, neste momento são as mesmas indicadas para outras síndromes respiratórias, como a Influenza. As principais medidas são: evitar contato próximo com pessoas com infecções respiratórias agudas; lavar frequentemente as mãos, especialmente após o contato direto com pessoas doentes e antes de se alimentar; usar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca ao espirrar e tossir; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres pratos, copos ou garrafas.
 

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