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Proposta de Plano Diretor redistribui prédios em PG

A elaboração dos relatórios que darão origem ao documento final e à lei do Plano Diretor Municipal (PDM) de Ponta Grossa chega neste mês à sua reta final. Está marcada para quarta-feira (13) a última audiência pública na qual a população poderá se manifestar acerca das diretrizes propostas até o momento. Um dos temas mais polêmicos e que motiva o interesse de uma grande parte da população é a delimitação das zonas nas quais será autorizada a construção de prédios de grande altura.

Desde o final de 2012, uma mudança na lei municipal passou a autorizar a construção de edifícios com mais de 15 pavimentos. Mas, somente agora, através do PDM, será especificado em quais regiões eles poderão ser erguidos. Conforme explica a arquiteta do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Iplan), Karla Volaco Gonzalez Stamoulis, sete zonas urbanas devem permitir prédios com mais de seis pavimentos, mas isso é um ganho para a cidade.

“Antes a cidade tinha treze zonas, das quais três permitiam os prédios mais altos. Agora serão 17 zonas, das quais sete terão essa possibilidade. Além de ter aumentado o número de zonas que terão prédios com altura maior, também estabelecemos critérios para isso”, explica.

Na área central, por exemplo, a altura podia ser livre, mas critérios paisagísticos e de infraestrutura apontaram que isso geraria prejuízos à região. Agora, as chamadas zonas de estruturação urbana, dentro das quais estão inseridas algumas das vias mais importantes de conexão entre bairros (como as avenidas Visconde de Mauá, Visconde de Taunay, Dom Pedro II, Carlos Cavalcanti e Monteiro Lobato), é que devem permitir os edifícios mais altos.

Áreas em vermelho receberiam prédios mais altos, próximo às principais avenidas da cidade

Limitação

A limitação de altura dos prédios ficaria por conta de uma fórmula matemática envolvendo a distância entre o prédio e o eixo da rua, assim como sua altura. Na prática, o ângulo entre o eixo da via e o ponto mais alto do edifício não poderia ser superior a 70 graus.

“Não existe o limite de altura. Mas há uma série de itens a serem verificados para que uma obra desse tamanho possa ser levada adiante. Além da infraestrutura viária, consideramos aspectos ambientais, sociais, econômicos, entre outros, para estipular regras para edificações em cada zona da cidade”, explica Karla.

 

Exceções

Pelas diretrizes propostas pelo PDM em fase final de elaboração, alguns prédios já construídos, outros que estão em obras e outros, ainda, que já tiveram alvará de construção liberado, estarão instalados em locais agora apontados como inadequados. Isso não traria nenhum impacto para essas obras, que não serão contempladas pelas regras que ainda entrarão em vigor. Depois de realizada a última audiência pública, o documento deve ser encaminhado para finalização técnica e encaminhado para avaliação da Câmara Municipal, pelos vereadores, balizando a futura localização dos arranha-céus de Ponta Grossa.

 

Centro Histórico

Caso a Câmara aprove as medidas como foram propostas até o momento, o Centro de Ponta Grossa poderá ter, no máximo, prédios com 20 pavimentos. No caso do Centro Histórico (um trecho de mais de 60 quarteirões que iria desde a Balduíno Taques até o Parque Ambiental, e desde o Terminal Central até a rua Comendador Miró), os novos edifícios deverão ter, no máximo, 15 pavimentos.

 

Serviço

O quê: Última audiência pública da fase de elaboração do Plano Diretor Municipal

Quando: Dia 13, às 18h30

Onde: Centro de Cultura, rua Dr. Colares, 436, Centro de Ponta Grossa

Entrada: Franca, para todos os interessados

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