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Propriedade utiliza robôs para agilizar ordenha

O pioneirismo de João Guilherme Brenner se transformou em tendência no mercado leiteiro. Em 2015, Brenner instalou em sua propriedade o sistema de ordenha robótica, desenvolvida para a coleta de leite automática, com o mínimo de intervenção humana. A tecnologia funciona 24 horas por dia, durante toda a semana. O produtor é cooperado da Frísia e será um dos expositores na ExpoFrísia 2017, feira que acontece em Carambeí, entre os dias 27 e 29 de abril.

Brenner tem em sua fazenda um rebanho de 570 animais, com 200 deles em período de lactação. Cada robô, dos três instalados, ordenha de 60 a 70 vacas diariamente, totalizando 6.600 litros/dia, aproximadamente 2.200 litros por robô. Todo leite produzido na fazenda é entregue ao Pool do Leite, grupo formado por cooperados Frísia, Castrolanda e Capal e que reúne a produção leiteira da região. As fazendas cooperadas possuem um controle de qualidade e de conforto animal,  seguem boas práticas de produção, como alimentação balanceada e acompanhamento veterinário e zootécnico. “Novas oportunidades de aprendizagem, otimização da rotina e excelentes resultados, é o que pretendemos com o investimento nos robôs”, afirma Brenner, que reforça a importância da tecnologia na melhora da vida dos funcionários e dos animais.

Fluxo

O modelo utilizado na fazenda é o de fluxo livre, ou seja, os animais têm acesso permanente ao robô. Isso quer dizer que as vacas são ordenhadas quando há permissão de ordenha – elas se dirigem à cabine tanto pela necessidade da ordenha (devido à pressão no úbere) quanto para se alimentar da ração ali oferecida. Antes e depois da ordenha o equipamento higieniza as tetas. Os resultados são coletados por um software para administração da produção e qualidade do leite.

 

 

Cada robô ordenha de 60 a 70 vacas diariamente

Foto: Divulgação

 

 

Produtor destaca desafios do sistema

Para Brenner, a gestão da reprodução, o cuidado com a mobilidade, a alimentação e o conforto dos animais são condições fundamentais para o sucesso. “Há também um componente genético que precisa ser considerado. As matrizes devem possuir boa colocação de tetos (tetas), boa velocidade de ordenha, boas pernas e pés, saúde e fertilidade; além de um bom temperamento leiteiro.  Os fundamentos da boa vaca e da boa gestão são mais importantes no sistema robótico que no convencional”, explica o produtor. Quanto maior for o número de visitas às estações de ordenha e menor o número de animais que necessitem serem tocados, melhor será o resultado do sistema.

A produção de leite dos Campos Gerais está em constante crescimento. Em 2016, houve um aumento no mercado de leite de 30% acima do realizado em 2015, um percentual de crescimento de 6% em relação ao período do anterior. A Frísia foi a cooperativa que apresentou o maior índice de crescimento real da produção.

A ExpoFrísia é nacionalmente conhecida por estimular a troca de experiência entre cooperados, empresários e produtores da região. Para essa edição 38 criadores já confirmaram sua participação. Serão 239 animais da raça Holandês Preto e Branco e 93 animais Holandês Vermelho e Branco. A feira oferece uma gama de oportunidades para melhorar o plantel, aperfeiçoar a genética e se posicionar no mercado. Durante os três dias de evento, mais de 40 empresas expositoras oferecem tecnologias, máquinas e equipamento voltados para a produção de leite e de grãos.

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