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Quero empreender na engenharia: o que devo fazer?

Mais de 70% dos brasileiros sonham em abrir o próprio empreendimento. É o que aponta uma pesquisa da Endeavor, maior organização de apoio a empreendedores do mundo. A possibilidade de criar seu horário, trabalhar no que gosta e ter a própria rotina tem estimulado muitos profissionais de engenharia a seguir este caminho. Mas a quem é possível recorrer, quais são os cuidados, que pontos devem ser analisados e qual a melhor região para investir? Esses são alguns questionamentos que podem surgir no caminho.

Dados do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) mostram que existem no Estado 8.376 empresas distintas, com registro ativo, e que têm pelo menos um sócio ou proprietário que ocupa a função de responsável técnico, ou seja, profissional de engenharia, agronomia ou geociências, registrado no Conselho.

Para a consultora do Sebrae/PR, Suelen Pedroso da Costa, é preciso que o futuro empreendedor analise sua ideia com base numa proposta de valor a ser entregue. Quais critérios sustentam a decisão, se realmente existe a necessidade de um ponto comercial, que diferenciais é possível explorar em outros canais de comunicação para ter assertividade e chegar até o cliente.

Ter conhecimento sobre o setor e se o mesmo está em ascensão, com pesquisas do cenário local, estadual e nacional, também são indispensáveis em todo o processo, assim como buscar diferenciais para se destacar no mercado, com ideias que olhem com mais atenção para a inovação no mercado. Quanto aos recursos para tirar a ideia do papel, a dica é analisar com antecedência qual é a disponibilidade de crédito disponível no mercado. “Além de tudo é preciso ter organização, atitude empreendedora para repensar, se necessário, são critérios fundamentais para qualquer negócio”, comenta a consultora.

A participação em conselhos, associações e grupos de trabalho ajudam a aumentar o networking na opinião da consultora. Foi o que fez o Engenheiro Civil, Tarcis Siqueira Costa, de Telêmaco Borba, na região dos Campos Gerais, ainda durante a época que frequentava a faculdade. “Sou uma pessoa visionária, sempre trabalhei no comércio, como funcionário de empresas, e desde a época da faculdade projetava abrir meu próprio negócio. Apostei na minha rede de relacionamentos e, em 2019, foquei na área da construção civil”, comemora.

Os resultados, segundo ele, têm superado as expectativas. “Tenho participado da modalidade de tomada de preço, para realizar obras e serviços de engenharia para alguns órgãos locais, o que traz um retorno bastante positivo, além de projetos para pessoas físicas. Foi uma ótima opção”, considera.

Projetos para 2020

A partir de 2020, através do programa CReaJr, o Conselho vai disponibilizar workshops e palestras sobre empregabilidade, empreendedorismo e inovação, nas oito regionais distribuídas no Estado, com o auxílio de entidades de classe e instituições de ensino. Conforme o facilitador do Setor de Convênios e Inserção Profissional do Crea-PR, André Pagani, novos produtos e serviços serão lançados, também em 2020, na plataforma ProCrea 2.0, no Portal Inserção Profissional, incluindo cursos a distância para fomentar o empreendedorismo entre os acadêmicos e recém-formados.

 

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