A Delegacia da Receita Federal (DRF) em Ponta Grossa divulgou nesta segunda-feira (24) os dados atualizados sobre a arrecadação de tributos registrada nesse ano, até o último mês. Os 62 municípios que são englobados nesta unidade somaram, juntos, R$ 1,985 bilhão em 2019, montante 11,35% maior em termos nominais do que o acumulado no mesmo período de 2018, quando o total foi de R$ 1,783 bilhão de janeiro a maio.
Entre os tributos, o que registrou a maior alta neste ano foi o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que com 18,7% a mais que em 2018 ultrapassou R$ 129,4 milhões nos cinco primeiros meses de 2019. Para o delegado da DRF/PG, Demetrius Soares, essa alta comprova o processo de industrialização da região. “O IPI incide na saída da mercadoria da indústria, indicados que denota o desempenho da atividade na região”, aponta Soares.
Na sequência figura o Imposto de Renda total – que considera os retidos na fonte e referentes às pessoas física e jurídica – com um crescimento de 18,4%, correspondendo a R$ 495,99 milhões. A contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL), apesar de aumentar 17, 9% no acumulado de 2019 chegando a R$ 922 milhões, foi o único tributo que registrou queda no mês de maio quando em comparação ao mesmo mês de 2019: enquanto no ano passado foram arrecadados R$ 14,7 milhões, com uma baixa de 7,3% no último mês o montante ficou em R$ 13,6 milhões.
Também foram contabilizados a Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, aplicada sobre o valor bruto apresentado por uma empresa – com crescimento de R$ 12,5% e total de R$ 224,2 milhões e o Programa de Integração Social (PIS), que cresceu 12,2% e somou R$ 61 milhões.
Nos totais, a arrecadação fazendária teve alta de 13,5% no ano e corresponde ao maior valor registrado por categoria (R$ 1,063 bilhão), enquanto a contribuição previdenciária teve uma variação de 9% em relação aos primeiros cinco meses de 2018 e somou R$ 922 milhões em 2019.
Mensal
A arrecadação registrada no mês de maio foi de aproximadamente R$ 352,2 milhões em tributos fazendários e previdenciários. O valor é, em termos nominais (sem considerar a inflação), 4,2% maior que o registrado de 2018, quando foram arrecadados, no mesmo mês, R$ 337,9 milhões. Considerando o IPCA acumulado nos últimos 12 meses (4,66%) verifica-se que houve uma pequena queda real de arrecadação (-0,4%), na comparação maio/18 e maio/19.
Crescimento regional corresponde ao dobro da média nacional
Enquanto a região englobada pela DRF/Ponta Grossa registrou um crescimento nominal de 11,35% na arrecadação de janeiro a maio, no mesmo período a Receita Federal do Brasil somou uma alta de 5,68% nominais – a metade da variação regional. O total arrecadado no país foi R$ 637,6 bilhões neste ano, contra R$ 603,4 bilhões em 2018.
O resultado de maio foi o melhor para mês desde 2014, quando a arrecadação ultrapassou R$ 116 bilhões: no mês passado a arrecadação das receitas federais somou R$ 113,278 bilhões, um aumento real (descontada a inflação) de 1,92% na comparação com o mesmo mês de 2018.
Para o delegado Demetrius, essa expressividade do resultado regional frente ao nacional denota o progresso da região. “Estamos tendo um crescimento diferenciado em relação ao que se observa no cenário nacional em função dos investimentos que vêm sendo feitos por aqui. Quando analisamos apenas a 9ª região fiscal – composta pelo Paraná e Santa Catarina – temos o segundo maior crescimento no acumulado do ano, atrás apenas de Cascavel, que registrou alta nominal de 13,6%”, destaca o delegado da Receita Federal.
Variação nominal da arrecadação
11,35% Região de Ponta Grossa
5,68% Brasil
* Comparação entre os totais de janeiro a maio de 2018 e 2019
Composição
53,5% Arrecadação fazendária (R$ 1,063 bilhão)
46,5% Contribuições fazendárias (R$ 922,032 milhões)
*Dados da DRF/Ponta Grossa de janeiro a maio de 2019