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Recursos para financiamento da safra crescem nos Campos Gerais

O governo federal anunciou em junho que serão liberados R$ 194,37 bilhões para financiar e apoiar a comercialização da produção agropecuária brasileira. Os recursos do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2018/2019 estão disponíveis pelos agricultores desde julho deste ano até o final de junho de 2019. 
Nos Campos Gerais, as cooperativas de crédito e os bancos também já estão liberando recursos para a safra 18/19. E, a cada novo ano safra, os valores disponibilizados vêm aumentando, assim como os recursos e serviços oferecidos para investimentos nas propriedades rurais. Acompanhe as considerações de representantes de instituições que atendem a região. 

Sicredi Campos Gerais
Segundo o diretor executivo da Sicredi Campos Gerais, Marcio Zwierewicz, o volume de recurso liberado pela Sicredi para a safra de grãos 18/19 está estimado em R$ 500 milhões, para atender produtores de 13 municípios da região, aumento de cerca de 10% se comparado à safra anterior. 
"Os recursos são para a safra de verão, para custeio das lavouras de soja, milho e feijão. Cerca de 90% dos recursos já estão liberados; o restante fica para o custeio da safra de inverno, em especial, para o cultivo de trigo", aponta. De acordo com ele, em âmbito nacional, o valor liberado pelo Sicredi para custeio da safra 18/19 chegará a quase R$ 17 bilhões. "Além do custeio agrícola e pecuário, que já é tradicional, o Sicredi também oferece linhas de investimento pelo BNDES para aquisição de maquinário agrícola e construção. Além disso, há linhas específicas de consórcios para compra de máquinas, reformas e pequenas ampliações, com recursos próprios da cooperativa e oriundos da poupança rural", explica
Zwierewicz reforça que o Sicredi nasceu há 116 anos, com foco total no agronegócio. "Esta característica se manteve até cerca de 20 anos atrás, quando a cooperativa foi aberta para todos os públicos. Mas, o know how e o foco no agronegócio não apenas foi mantido como vem sendo expandido nos últimos anos, especialmente em parceria com as cooperativas da região”, completa o diretor. 

Marcio Zwierewicz: "As linhas de crédito são oferecidas tanto para pequenos produtores familiares quanto para os empresários rurais"

Banco do Brasil
Para os municípios atendidos pela superintendência regional do Banco do Brasil, foram liberados para a safra 17/18 total de R$ 3,950 bilhões, recurso que abrange operação de custeio, investimentos e comercialização da safra. Pela superintendência regional, o Banco do Brasil possui 48 agências, que atendem a 52 municípios. 
E, para a safra 18/19, o banco já liberou, até o início de novembro, R$ 1,040 bilhão; a previsão é que o montante chegue a R$ 4,5 bilhões na regional. “O serviço de crédito rural do Banco do Brasil atende a todas as finalidades produtivas. O que o produtor rural imagina investir em sua propriedade existe uma linha de crédito que pode atendê-lo, seja para custeio, construção de benfeitorias, compra de animais, até mesmo veículos utilitários”, exemplifica o gerente de mercado de agronegócios da Superintendência Estadual do Paraná, Elondir José Biazibetti. 
Biazibetti afirma que, como banco oficial do governo federal para operacionalizar o Plano Safra, o banco conta com todas as linhas de crédito abertas para atender o pequeno, médio e grande produtor. “Trabalhamos para atender as necessidades mais imediatas do produtor, através de operação de crédito, assim como o planejamento da troca de um maquinário e até compra de imóvel rural, por exemplo, por meio de consórcio”, cita. 
Uma das novidades no atendimento ao produtor rural, de acordo com o gerente de mercado de agronegócios, é que o Banco do Brasil começou o movimento de especialização do atendimento agro. “O banco está expandindo seu modelo de atendimento especializado com carteiras dedicadas e gerentes específicos para atender ao produtor rural. São gerentes com especialização, que sabem tudo o que o produtor pode precisar e como o banco pode atendê-lo para suprir esta demanda”, aponta Biazibetti, acrescentando que este atendimento vem em um momento importante em que o agronegócio mais uma vez está ratificando sua importância na economia. 
Pronaf
O Banco do Brasil, aponta Biazibetti, é o maior agente operador do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), em todo o Brasil, chegando a mais de 80% operacionalizado em todo o país. “E, nos Campos Gerais não é diferente. Dos R$ 3, 9 bilhões aplicados na safra 17/18 na região, R$ 1,3 bilhão foi para o Pronaf, destinado aos pequenos produtores”, conclui. 

Elondir José Biazibetti: “A previsão para a safra 18/19 é liberar R$ 4,5 bilhões para a região”

Caixa Econômica Federal 

No ano safra 2017/2018, encerrado em junho/2018, o valor liberado pela Caixa aos produtores da região foi de mais de R$ 570 milhões. Para o ano safra 18/19, que iniciou em 1º de julho, a Caixa já liberou, até o começo de novembro, mais de R$ 265 milhões aos produtores rurais pessoa física e cooperativas de produção agropecuária dos Campos Gerais. A expectativa, segundo o superintendente regional da Caixa em exercício, Edilson Oliveira, é que o montante liberado seja semelhante ao destinado na safra 17/18.
Em âmbito nacional, a Caixa vai disponibilizar R$ 8,5 bilhões para o ano safra 2018/2019. Neste ano, a piscicultura foi incluída no custeio de integração. Através do banco, os produtores têm acesso às linhas de custeio, industrialização, comercialização e investimento, com recursos obrigatórios, livres e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 
Oliveira destaca que com os serviços oferecidos aos produtores, a Caixa reafirma sua posição como grande player da cadeia do agronegócio na região. “A Caixa oferece às cooperativas as operações de custeio, industrialização e comercialização com taxas competitivas. Já para pessoa física, o banco oferece as linhas de custeio agrícola e custeio e investimento pecuário”, destaca. As taxas de juros do custeio agrícola e pecuário do ano safra 2018/2019 foram reduzidas em um 1,5 ponto percentual e são de 7% ao ano. Para agricultores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), as taxas de juros serão de 6% ao ano.

Edilson Oliveira: "a Caixa já liberou R$ 265 milhões aos produtores rurais pessoa física e cooperativas de produção agropecuária dos Campos Gerais"

 

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