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Rede Municipal de Ensino favorece inclusão de alunos especiais

Rodrigo Covolan
CARLOS BARBOSA “A mesa adaptada ajuda bastante na hora de copiar a matéria da lousa”

 

Não é somente para os alunos classificados como ‘normais’ que a Secretaria Municipal de Educação de Ponta Grossa vem trabalhando para garantir o melhor conteúdo. Mais de 300 estudantes com necessidades especiais também estão matriculados nas escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei’s).

De acordo com a secretária municipal de Educação, Zélia Marochi, todas as crianças – com necessidades especiais, ou não – são bem vindas na rede municipal de Educação. “Temos crianças com deficiências física, auditiva, visual, autismo, transtorno global do desenvolvimento, síndrome de down, deficiência intelectual e outras síndromes”.

Qualquer que seja o caso de deficiência, o trabalho é desenvolvido buscando atender as especificidades de cada um, efetivando uma flexibilização do currículo para isso. “Se necessário, são confeccionados materiais, seja para tornar o ensino mais concreto ou para atender outras especificidades. Os alunos têm o atendimento em atividades de contraturno, em Salas de Recursos Multifuncionais, onde são trabalhadas questões específicas, de acordo com o ritmo e condições de cada um, em separado, em pequenos grupos ou na classe como um todo”.

De acordo com a secretária, se a situação indicar, professora é encaminhada para acompanhamento específico, que trabalha em consonância com a professora regente e atende o aluno individualmente. “Isso potencializa a condição de aprendizagem, porém não retira o aluno do contexto de sala de aula, beneficiando-o com a convivência social, altamente positiva para seu desenvolvimento”.

Para receber os alunos com necessidades especiais, as escolas da rede municipal foram reformadas, equipadas e adequadas, visando garantir a acessibilidade física e o acesso ao currículo, em busca de garantir, a todos, o direito de aprender numa escola que prima pela competência científica, técnica e humana. “Assim, pode-se dizer, que a estrutura é favorável e sempre será adequada, atualizada e ampliada, conforme a demanda que se apresenta. Por exemplo, se um aluno cego é matriculado, é providenciada a compra de mais uma máquina Braille. E assim acontece com cada área de deficiência”.

A secretária faz questão de enfatizar que há vagas para qualquer criança com deficiência. “A rede municipal de ensino vem sendo mobilizada, preparada e sensibilizada para acolher essa criança. As nossas portas estão abertas não apenas para ensiná-la, mas aprender com ela, adaptando-se, portanto, à sua realidade para auxiliá-la a ultrapassar as barreiras impostas pelas suas atuais limitações e pelas limitações do meio que a cerca”.

A inclusão de crianças portadoras de necessidades especiais na rede municipal de Educação, para a secretária, é uma mudança positiva. “É um sinal claro de evolução da humanidade. Isso reflete a necessidade da sociedade se tornar mais inclusiva. E a escola, em especial a escola pública, precisa estar preparada para atender a todos, já que todos têm direito à educação, independente de sua condição. Não são as pessoas com deficiência que precisam adaptar-se à sociedade, mas é a sociedade; a escola e a família que precisam adaptar-se a elas, promovendo-as em todos os sentidos”.

 

“Gosto de jogar futsal”

Com oito anos, Carlos Antônio Schultz Barbosa é um dos alunos beneficiados pelo trabalho de inclusão de portadores de necessidades especiais, realizado pela Secretaria Municipal de Educação. Portador de doença genética, ele não tem o movimento dos pés e precisa de aparato especial para acompanhar as aulas.

O garoto, que tem ótimo aproveitamento escolar, conta com mesa adaptada, com apoio nos braços, o que permite que ele copie toda a matéria passada na lousa. “Ele copia a matéria e tem ótimo rendimento escolar. Ele também participa das aulas de educação física, ainda mais agora que ganhou uma cadeira de rodas motorizada”, diz a diretora da escola municipal Haydeé F. de Oliveira.

O garoto faz questão de dizer que se dedica às aulas e que todos colaboram no dia-a-dia. “E uma das coisas que mais gosto é de jogar futsal nas aulas de educação física”, destaca.

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