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Redução do juro imobiliário deve impulsionar o mercado

O anúncio da Caixa Econômica sobre a redução da taxa de juros do crédito imobiliário trouxe repercussão imediata no setor. Ontem o vice-presidente regional do Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi) nos Campos Gerais, Carlos Ribas Tavarnaro, disse que a queda era esperada pelo mercado. “Era aguardada porque a Selic [taxa básica de juros] desde o ano passado está em patamares inferiores. O juro do financiamento imobiliário é calculado para ser um dos mais baratos do mercado e estava deslocado porque a Caixa estava praticando taxas maiores que as dos bancos privados, o que nunca aconteceu”, fala.

Para Carlos, “o mercado vê [a redução] com otimismo, porque o crédito imobiliário movimenta negócios com o comprador final e não com o investidor”. Ele destaca que as negociações em andamento serão regidas pelas novas taxas.

Por outro lado, Carlos defende uma nova redução. “Entendemos que ainda cabe mais queda, não há porque praticar juros na casa de 9% ao ano”, defende.

O gerente regional da Construção Civil da Caixa Econômica em Ponta Grossa, Delcio José Bevilaqua, observa que a Caixa havia sinalizado este corte até mesmo em função da Selic. “Havia sim a expectativa de mercado que a Caixa fosse se reposicionar na questão de taxas; foi um anúncio comemorado e o fato da Caixa ter aproximadamente 70% do mercado é sem dúvida uma notícia interessante para o setor como um todo”, fala Delcio.

Segundo o gerente, a nova condição passa a valer na assinatura do contrato, assim quem estava negociando terá direito ao juro mais baixo. A expectativa é de um crescimento em torno de 20% dos negócios.

Redução

Delcio acredita que como a Selic está estabilizada não há sinalização de nova redução, porém novas mudanças dependerão do mercado.

Pelo anúncio da Caixa, as taxas mínimas passaram de 10,25% ao ano para 9% ao ano, no caso de imóveis do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), e de 11,25% ao ano para 10% ao ano para imóveis enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI). As taxas máximas caíram de 11% para 10,25%, no caso do SFH, e de 12,25% 11,25%, no SFI.

Cota

A Caixa também remodelou o limite da cota de financiamento do imóvel usado, passando de 50% para 70%. O percentual de 50% vigorava desde setembro do ano passado.

 Delcio: “foi um anúncio comemorado” (Foto: Arquivo)

 

 

 

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