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Região abre 443 empresas em três meses

A região dos Campos Gerais contabilizou, nos três primeiros meses do ano, a abertura de 443 empresas, seis a mais do que no mesmo período de 2018. Os dados foram repassados pela assessoria de imprensa Secretaria de Estado da Administração e Previdência (Seap), à qual a Junta Comercial do Paraná (Jucepar) é vinculada. O número inclui dados de vinte e três municípios e considera empresas de todas as naturezas jurídicas – com exceção dos microempreendedores individuais (MEIs), cujo processo de formalização é iniciado pelo Portal do Empreendedor.

O único mês que teve uma retração quando comparado ao ano anterior foi janeiro, com uma baixa de 12,5% no registro de novos negócios, totalizando 126 formalizações; fevereiro acumulou 142 registros, com alta de 15,4%, e março 175, quase 3% a mais do que no mesmo período do ano passado. Porém, conforme afirma a assessoria da Seap, em 2018 não havia relator na agência de Telêmaco Borba – e os números anteriores podem ser ainda maiores.

Os registros consideram as cidades de Arapoti, Carambeí, Castro, Guamiranga, Imbaú, Imbituva, Ipiranga, Irati, Ivaí, Jaguariaíva, Ortigueira, Palmeira, Piraí do Sul, Ponta Grossa, Porto Amazonas, Prudentópolis, Reserva, São João do Triunfo, Sengés, Teixeira Soares, Telêmaco Borba, Tibagi, Ventania. “Nem todos os municípios dessa região possuem Junta Comercial instalada. Empresas abertas em cidades sem unidade da Jucepar protocolam o processo na agência mais próxima”, lembra a Seap.

Quando comparado ao total paranaense, o acumulado de 443 formalizações nos Campos Gerais é baixo, representando apenas 3,47% das novas empresas do Estado. No primeiro trimestre deste ano o Paraná abriu 12,7 mil negócios, um aumento de 19% no comparativo ao mesmo período de 2018.

Segundo a Jucepar, os dados confirmam a trajetória de expansão, já que em janeiro foram abertas 3.303 mil empresas e em fevereiro outras 4.607 (crescimentos de 14,6% e 35,3%, respectivamente, em relação aos mesmos meses do ano passado); em março o acréscimo foi de 9,6%, totalizando 4.851 aberturas.

Na avaliação do presidente do órgão, Marcos Sebastião Rigoni de Mello, o desempenho positivo reflete a confiança do empresariado na retomada da economia paranaense em ritmo mais forte que o nacional. “Os empreendedores paranaenses estão otimistas em relação ao Governo do Estado. Os números vêm aumentando mês a mês, são um destaque nacional, mas um crescimento mais expressivo ainda depende do Governo Federal e da confiança dos investidores no Brasil”, afirma Mello.

De acordo o Sebrae, a expectativa para 2019 é de que sejam criadas 1,5 milhão de novas empresas no Brasil, considerando MEIs, micro e pequenas empresas. Cerca de 98,5% das empresas brasileiras estão nesses segmentos.

Ponta Grossa

Indo na contramão das altas regional e paranaense, no primeiro trimestre desse ano o município de Ponta Grossa abriu menos empresas do que no mesmo período de 2018, em uma baixa de 15%. No mês de março, por exemplo, o número caiu pela metade, e os três meses acumularam 174 registros, contra 205 no ano anterior.

A cidade foi responsável por 39% do total dos Campos Gerais, enquanto em 2018 teve participação de 47%. A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG) é a entidade conveniada responsável da agência regional da Jucepar e, para o diretor de micro e pequena empresa, Juliano Kobellache, essa queda pode ter dois motivos principais.

“A mudança de volume na abertura de empresas pode apontar uma série de quesitos; entre eles está a queda de confiança do empresário e os microempreendedores individuais (MEIs)”, aponta Kobellache, afirmando que muitos empresários utilizam o MEI como um regime de teste do negócio. “O MEI é uma válvula de escape e pode ser uma resposta a esses números, que não consideram esse porte porque essas empresas fazem seu processo junto ao Portal do Empreendedor”, lembra o diretor da ACIPG.

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