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Região registra aumento em casos de crimes sexuais

A região de Ponta Grossa registrou novo aumento no número de crimes contra a dignidade sexual no primeiro trimestre deste ano. Esse é o resultado do Relatório Estatístico da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), que apontou 120 ocorrências registradas pelas forças de segurança na 4ª Aisp, composta por Ponta Grossa e outros 18 municípios. Significa um aumento de aproximadamente 7,5% no comparativo com o mesmo período do ano passado, quando os crimes dessa natureza somaram 97 ocorrências.

Estão incluídos nessa categoria os crimes de estupro, estupro de vulnerável e assédio sexual. Apesar de parecer alarmante, o aumento é inferior ao registrado em várias outras Aisps. A região de São Mateus do Sul, por exemplo, teve crescimento de 27,27% nesses crimes. A de Telêmaco Borba teve aumento de 33,33%. No Paraná, tiveram o maior aumento as regiões de Rolândia (75,86%), União da Vitória (66,67%) e Paranavaí (65,71%). Em número de ocorrências, Ponta Grossa foi a terceira região com maior número de crimes desse tipo, atrás apenas de São José dos Pinhais (269) e Curitiba (210).

Parte desses casos se refere à violência sexual contra crianças e adolescentes, o que motivou o Governo do Estado a realizar uma campanha incentivando a população a fazer denúncias ao telefone 181, em casos de suspeita de abuso. Desde que teve início, em maio, as denúncias aumentaram em 125%.

Somente em Ponta Grossa, desde que o sistema 181 começou a receber denúncias desse tipo, em 2016, foram registradas 149 ligações relacionados a crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Foram 68 em 2017. Apenas no primeiro semestre deste ano foram 49.

 

Suspeitas

A conselheira do Conselho Tutelar Oeste, Michelly Bohatch Markowcz, explica que cerca de 30% das denúncias recebidas não são confirmadas. “Temos que ter muito cuidado para tratar de cada caso. Qualquer suspeita deve ser comunicada, mas a divulgação disso deve ser evitada, mesmo que para familiares ou vizinhos, até que haja a confirmação do abuso. Temos casos de pessoas da família que passaram a ser ameaçadas de morte, sem terem feito nada de errado”, lembra.

 

Cautela nas divulgações

Embora exista a recomendação para que sejam relatadas todas as suspeitas em casos de abuso contra crianças e adolescentes, é importante lembrar que nem todos os casos são confirmados. Na verdade, muitos deles são descartados como crime sexual após as primeiras avaliações junto ao Conselho Tutelar, psicólogos e ao Nucria. Por essa razão, as reportagens do DC evitam divulgar nomes de pessoas e lugares, como forma de evitar que sejam antecipadamente punidas pessoas que podem não ter cometido crime.

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