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Roubos a motoristas devem mudar serviço de aplicativos

Há pouco mais de um ano, Ponta Grossa foi incluída entre os municípios do Brasil que contam com o serviço de transporte de passageiros via aplicativos de smartphone. Por meio do celular é possível acionar o serviço, informando origem e destino. Centenas de motoristas já trabalham por meio dessas plataformas na cidade, que ainda são apenas duas na cidade. Mas o receio deles é que isso possa atrair, também, a ação de criminosos.

No início desse mês, um dos motoristas foi surpreendido com um passageiro que, segundo a PM, ofereceu drogas como pagamento pela corrida e, quando a proposta não foi aceita, agrediu o profissional. Situações como essa e a possibilidade da ocorrência de assaltos obrigou os motoristas adotarem algumas medidas para reduzir a possibilidade de assaltos.

Motorista de aplicativo há cerca de um ano, Islã Almeida Luciano sempre checa a identidade do passageiro antes de sair com o carro. Também toma cuidado redobrado quando o passageiro é uma terceira pessoa não descrita no pedido via aplicativo. Ele, assim como outros motoristas, também tomam maior cautela quando o ponto de partida fica em região conhecida de maior criminalidade, ou em horários de menor movimento de pessoas. “Quando a gente souber qual será o destino do passageiro, será mais uma forma de decidir se faz a viagem, ou não”, diz.

Ele se refere a mais uma ferramenta que os aplicativos devem fornecer. Nos próximos meses, o terceiro aplicativo para transporte de passageiros deve ser disponibilizado na cidade. Além de mostrar o destino do passageiro, ele também promete oferecer um serviço adicional de segurança. Em caso de acidente, ocorrência criminal ou outra emergência, será possível acionar, via aplicativo, o atendimento de equipe em socorro ao passageiro ou ao motorista.

 

Alterações

Diretor de um grupo que já realiza em Ponta Grossa o serviço operacional de auxílio em casos de acidente, crime ou desordem, William Vargas Dabrowa Mikoszewski explica que hoje esse serviço é um adicional aos dois aplicativos disponíveis na cidade. O terceiro aplicativo, segundo ele criado por motoristas, já trará o serviço de seguro como ferramenta agregada. “A tendência, nos próximos meses, é que fique mais rígida a confirmação da identidade do passageiro. Uma das exigências, por exemplo, poderá ser o envio de selfie e nome completo do cliente”, comenta. A concorrência entre aplicativos deve ficar mais acirrada e, em alguns casos, o valor da corrida pode sofrer alterações.

 

Seguro

William coordena uma equipe de 16 pessoas que atende a um grupo de cerca de 240 motoristas que realizam o transporte de passageiros na cidade. Se um pneu fura ou um passageiro ameaça um motorista, a equipe operacional é chamada e, se preciso, aciona o apoio da PM. Ítalo *, que trabalha há cerca de um ano como motorista, não faz parte do grupo, mas acredita que outras estratégias servem para inibir a ação de criminosos. “Não deixo o celular com o aplicativo sobre o painel. Também não uso adesivos que identifiquem que trabalho com aplicativo”, comenta.

* Nome fictício

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