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Sanepar investe R$ 48 mi para evitar falhas em abastecimento

Um levantamento feito pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), a pedido do DC, aponta que o consumo de água tratada cresceu 23% ao longo dos últimos 10 anos em Ponta Grossa, saindo dos 13,1 milhões de metros cúbicos, em 2008 para os 16,2 milhões de metros cúbicos em 2018.

O crescimento é um pouco inferior ao aumento populacional registrado no período. De acordo com o IBGE, a cidade passou a contar com mais de 74 mil novos habitantes nesse período, em um crescimento de 27,2%. O abastecimento só se mantém sustentável porque, ao longo dos últimos anos, a Sanepar vem realizando melhorias nas redes de distribuição.

Entre as obras ainda em andamento está a execução de 15,8 quilômetros de adutoras e interligações na região Central/ Santa Mônica, duas novas estações elevatórias, substituição de um trecho da adutora de água bruta no rio Pitangui, instalação de equipamentos de medição e controle de vazão, e instalação de mais 24 válvulas redutoras de pressão.

Também ocorre a execução de 16,2 quilômetros de adutoras e interligações, reservatório com capacidade para 5 milhões de litros de água, instalação de áreas de controle e 76 válvulas redutoras de pressão. Somadas, essas e outras ações ainda em processo de conclusão ultrapassam os R$ 17 milhões.

Em relação às novas adutoras e equipamentos cuja instalação foi concluída, e que também teve como foco a ampliação populacional significativa no bairro Uvaranas, o investimento passou dos R$ 30,8 milhões. Somando obras já concluídas e outras ainda sendo realizadas, a Sanepar estima que o investimento nas melhorias da rede sejam superiores a R$ 48 milhões.

 

Recursos hídricos

O gerente geral da Sanepar na região sudeste, Fábio Leal Oliveira, explica que essas ações afastaram os problemas em relação à oferta de água tratada. Conforme ele explica, o uso de água na cidade ainda corresponde a somente 15% da água disponível no rio Pitangui e na represa de Alagados, de onde vem a água que é tratada e depois chega à torneira dos consumidores. No entanto, se não fossem os investimentos realizados, principalmente, após 2014, a cidade já poderia estar sofrendo consequências da alta demanda.

 

Uso diário

“Os investimentos realizados e em andamento pela Sanepar nos últimos anos no sistema de abastecimento garantem condições operacionais para manter a regularidade no abastecimento. Atualmente o sistema de Ponta Grossa tem capacidade de produção diária de 99.360 m³/dia, e 32.000 m³ de reservação de água tratada. A média de consumo diário é de 80.000 m³/dia, ou seja, a demanda de consumo está sendo suprida em Ponta Grossa”, garante Oliveira.

 

Uso consciente da água tratada

Apesar de a Sanepar considerar remoto o risco de desabastecimento na cidade, é importante lembrar que o município já passou por períodos críticos. Em fevereiro de 2013 e, no mesmo período, em 2014, a companhia precisou realizar o desligamento programado do abastecimento. O racionamento ocorreu devido ao alto consumo nos dias de calor mais intenso e estiagem. Em 2013, o abastecimento naquele mês precisou ser reduzido, afetando diversos bairros. No ano seguinte, a região de Uvaranas foi a mais afetada. Para evitar desperdícios, a Sanepar disponibiliza o Guia do Cliente Sanepar, que traz orientações para prevenir sobre perdas e garantir o uso correto da água tratada. Banhos menos demorados, cautela na irrigação de jardins e lavagem de calçadas e automóveis, e bom senso no uso de piscinas são as dicas mais valiosas, principalmente no verão.

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