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Sebrae inicia investimento de R$ 1,8 milhão em inovação

O Sebrae está iniciando em Ponta Grossa e microrregião – Palmeira, Castro e Carambeí – um investimento de R$ 1,8 milhão focado em inovação nos setores considerados estratégicos para a economia local. Identificadas como cadeia do agronegócio, mecatrônica, químico e materiais e tecnologias da informação e comunicação (TIC), estas áreas de oportunidade foram delimitadas no mapeamento do ecossistema de inovação, realizado em 2017 pelo Sebrae em parceira com a Prefeitura de Ponta Grossa e a Fundação Certi.

Foram promovidas durante esta quarta-feira (19) reuniões com empresários do ramo da mecatrônica e do setor químico e de materiais para apresentar o programa e iniciar a seleção dos participantes, que contarão com consultorias especializadas e integrarão um plano de ação coletiva que visa fomentar o ambiente de negócios local.

“Nós precisamos fomentar toda a cadeia; desenvolvendo um setor, os outros são aquecidos. É um programa vip, no qual serão trabalhadas com dez empresas por área durante um ano, através de oficinas, rodadas de negócios e encontros técnicos, além de atendimentos individualizados que tecerão diagnósticos e contribuirão com o radar de inovação local”, explica Mariana Carvalho, consultora do Sebrae.

Segundo ela, após o mapeamento realizado em 2017 o programa foi apresentado para o Sebre nacional buscando a captação de recursos e a organização do projeto, que é focado em micro e pequenas empresas.

Conforma conta Emerson Lourenço, também consultor da instituição, um dos principais esforços é entender quais são as dificuldades enfrentadas pelas empresas e como o Sebrae pode auxiliá-las a aplicar a inovação. “Há um grande potencial na área, mas há também gargalo e déficits. Esse plano faz parte do programa ‘Inova-se’, que além da inovação também trabalha com gestão e mercado – pilares que, se bem desenvolvidos, aumentam o potencial competitivo da empresa e consequentemente giram a economia local”, ressalta o consultor.

Setores estratégicos

Neste momento foram realizadas as reuniões junto aos representantes dos setores de mecatrônica e químico e materiais. Segundo o Sebrae, há cerca de um mês a cadeia do agronegócio foi trabalhada em um evento em Castro. “Como a TIC é transversal e atende às outras três áreas, sua aplicação está sendo discutida em cada uma delas”, conta a consultora Mariana Carvalho.

Segundo o consultor Emerson, a mecatrônica é um dos setores que mais agrega valor e mais cresce na microrregião: de 2010 a 2017 a oferta de emprego na área aumentou 122%. “O profissional precisa entender tanto de mecânica, quanto de elétrica, e também como funcionam os outros setores. Essa é uma das questões a ser discutidas junto ao empresariado: a atual situação da mão de obra capacitada”, aponta Lourenço.

 

Desburocratização

Entre os papeis da gestão pública no fomento à inovação são apontadas a desburocratização e consequente melhoria do ambiente de negócios. “Tudo impacta nessa área: desde um alvará que demora a ser expedido e faz a empresa desistir de instalar-se na cidade até a falta de integração entre os grupos que vem trabalhando o assunto separadamente”, analisa a coordenadora municipal de Fomento ao Empreendedorismo e Inovação, Tônia Mansani.

Destacando a criação do programa Alvará Online, a plataforma Pague Fácil (que permite o pagamento de tributos e estar digitalmente) e outros projetos que vêm sendo desenvolvidos no conceito de “cidades inteligentes”, Tônia ressalta a importância da convergência entre os atores envolvidos nesses processos. “Hoje Ponta Grossa tem várias frentes trabalhando a inovação, seja ela em formato estrutural, acadêmico ou empresarial. Precisamos integrar todos para que a cidade se desenvolva neste campo”, afirma a coordenadora.

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