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Secretaria quer descentralizar a Cultura

Rodrigo Covolan
INCENTIVO No conservatório, as crianças entram em contato com a música desde cedo

Claro que ainda há muito o que ser feito para impulsionar o setor cultural de Ponta Grossa. Por outro lado, é inegável a existência de avanços, passando pela música, literatura e pela extensa programação cultural desenvolvida semanalmente no município. Essa é a avaliação da secretária municipal de Cultura e Turismo de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt.

De acordo com ela, música e literatura merecem destaque especial. “O investimento da Secretaria no segmento musical, por exemplo, possibilitou que o Coro Municipal se tornasse um dos melhores do país, na sua categoria, pelo seu apuro técnico e artístico. Já a Orquestra Sinfônica teve um avanço substancial possibilitando a execução de obras importantes com rigor técnico e esmerada interpretação”.

O Conservatório Musical Maestro Paulino Martins Alves, por sua vez, passou por reestruturação pedagógica que o colocou no rumo da criação de novos cursos e do reconhecimento oficial pelo Ministério da Educação. “Vale lembrar que a Banda Lyra dos Campos tem realizado concertos com grande competência técnica e artística arrancando aplausos e enchendo de orgulho toda a cidade”, completa.

Há, ainda, que se ressaltar o investimento – desde 2006 – na realização de concursos culturais: de contos, poesias, crônicas, pesquisas históricas, biografias e literatura infanto-juvenil. “Dos concursos já saíram 18 livros com tiragem de mil exemplares cada. Neste ano de 2011, serão mais 10 livros resultantes de concursos de abrangência nacional que vêm estimulando a produção de artistas locais, promovendo o intercâmbio com escritores de todo o Brasil, divulgando e promovendo Ponta Grossa no meio cultural de todo o país”.

Programação

“Intensa e de qualidade”. Dessa forma, a secretária municipal de Cultura e Turismo caracteriza a programação cultural de Ponta Grossa, promovida não só pela Prefeitura, mas pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Serviço Social do Comércio (Sesc), Serviço Social da Indústria (Sesi) e outras entidades culturais. “As iniciativas têm oferecido, à população, opções para todos. Os espaços culturais da cidade estão ocupados por atividades bem diversificadas e estão sendo disputados por muitos produtores que querem trazer os seus espetáculos”.

 

Polos artísticos

Elizabeth Schmidt – apesar de apontar avanços – também reconhece que ainda há pontos a serem desenvolvidos, incluindo a descentralização permanente das atividades com a implantação de polos artísticos-culturais nos bairros da cidade. “Atualmente, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo atua nos bairros de forma pontual, levando espetáculos, exposições e oficinas, mas para estimular a participação da população que mora fora do centro, é necessário desenvolver parcerias com outros órgãos da Prefeitura, do governo estadual e da comunidade”.

Isso visando a fixação de núcleos de atividades culturais permanentes nos bairros. Esse investimento, de acordo com a secretária, permitirá “trabalhar a autoimagem e autoestima da população, resgatando a memória, valores, criando vínculos, incentivando a produção artística local e projetando os seus artistas”.   

 

‘Bairro vai ao Ópera’

Projeto lançado em 2007 também objetiva a descentralização da cultura em Ponta Grossa. Trata-se do ‘Bairro vai ao Ópera’, que visa levar grupos da comunidade a apresentações promovidas pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

“Quando lançamos o projeto, havia várias visitas ao Cine Teatro Ópera, principalmente para apresentações locais, como do Coro de Ponta Grossa e da Orquestra Sinfônica. Agora, infelizmente, não temos tido muita participação da comunidade, porém ele continua, principalmente, com os alunos das escolas da Educação de Jovens e Adultos (EJA)”, comenta a secretária municipal de Cultura e Turismo, Elizabeth Schmidt. Em média, pelo menos uma edição do projeto acontece mensalmente.

De acordo com a secretária, a inserção da comunidade no projeto é importante para o individual e o coletivo. “No aspecto individual, a personalidade é enriquecida, através da cultura. Além disso, essa inserção no mundo das artes também enriquece a comunidade”.

Qualquer grupo pode se organizar e participar do projeto. Basta ligar para (42) 3901-1605 e verificar a programação do mês. “Por exemplo, a associação de moradores pode organizar pessoas do bairro para participar do projeto”.

 

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